Desencanto
(Manuel Bandeira)
Eu faço versos como quem chora
De desalento... e desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
Eu faço versos como quem morre.
Entendendo o texto:
01 – A que gênero pertence Desencanto, de Manuel Bandeira? Porque se
pode dizer que o poema é representante desse gênero?
O poema pertence ao gênero lírico, pois
apresenta um eu lírico expressando suas emoções, ideias, há a subjetividade
como mostram os verbos e pronomes em primeira pessoa.
02 – Você diria que a poesia de Manoel Bandeira é objetiva ou subjetiva?
Justifique.
É
uma poesia subjetiva. Há a manifestação do eu lírico com verbos e pronomes em
primeira pessoa.
03 – “Na serra de Ibiapaba, numa de suas encostas mais altas, encontrei um jegue. Estava voltado para o lado e me pareceu que descortinava o panorama. Mas quando me aproximei, percebi que era cego.” (Oswaldo França Júnior, em As Laranjas Iguais).
O fragmento é representante do gênero:
Lírico
Épico
Narrativo
Dramático
Nenhuma das opções acima.
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