Política de Privacidade

domingo, 21 de maio de 2017

TEXTO: FOME ZERO - MARCELO NERI - COM INTERPRETAÇÃO/GABARITO- II


 FOME ZERO

        A fome não é um problema de exclusiva permanência nacional e vem se agravando mundialmente a cada década. Governantes e sociedades, como um todo, precisam atentar conscientemente para essa calamidade e buscar soluções imediatas após um estudo apurado de suas causas e consequências.
        Certamente, não é a escassez de alimentos no mundo que acarreta esse estado aflitivo, pois a produção nesse setor vem alcançando patamares significativos. Quando muito, pode ser que o egoísmo e os interesses político-econômicos dos países detentores do mercado provoquem a má distribuição de gêneros alimentícios aos menos favorecidos. Possibilidade também não descartável está no fato de que, em países de terceiro mundo, a política desenvolvimentista esteja engessada por interesses escusos prejudiciais às necessidades sociais. Exemplos outros existem, em países africanos, onde esse setor primário está longe de ser o ideal para a população desnutrida.
        A miséria, infelizmente, é cartão-postal de áreas populacionais em nosso planeta. Tal condição se instala em algumas sociedades tão perversamente, que reverter o quadro torna-se quase impossível. Se não há mercado de trabalho, não há chances de o homem buscar o seu sustento e o da sua família. E passa a não haver família. A mortalidade infantil se agrava. Epidemias se alastram, dizimando milhares de pessoas. E, para citar uma ocorrência não menos preocupante e realista, a criminalidade cresce nas comunidades em que o homem não tem como buscar o seu sustento por vias legais e legítimas.
        Trata-se de uma discussão extensa, mas não interminável, pois soluções existem se houver vontade política em todos nós. Os dirigentes mundiais precisam pensar num futuro promissor para a humanidade, mas não aplicando os valores éticos estabelecidos na atualidade, já que penalizam a maior parte da população e salvaguardam o bem-estar de uma minoria com uma vida de excelência.
        Vejamos, agora, aplicações do que foi dito até então, com uma ou outra variação:
        Imaginemos um tema – ou, como exposto abaixo, uma discussão já iniciada acerca de um tema:
        “Verifica-se que a sociedade brasileira começa a demonstrar um profundo interesse em participar, em todos os campos, das decisões referentes às questões da vida nacional.”
        Como vimos, precisamos de argumento para justificar o ponto de vista apresentado. Talvez devêssemos perguntar: Por quê? E a resposta poderia se dar em termos de uma causa da ideia exposta – que poderia ser a seguinte:
        “As últimas revelações sobre a corrupção dos políticos têm revoltado a população.”
       Em seguida, devemos encontrar um consequência deste estado de coisas, através da pergunta: O que acontece, ou pode acontecer, em razão disso? A resposta poderia:
        A sociedade tem se manifestado frequentemente, através de passeatas ou de abaixo-assinados, contra a imoralidade dos corruptos e exigido punição para os ladrões.
        Desse modo, o parágrafo ficaria assim:
        Verifica-se que a sociedade brasileira começa a demonstrar um profundo interesse em participar, em todos os campos, das decisões referentes às questões da vida nacional. E isso tem acontecido porque as últimas revelações sobre a corrupção dos políticos tem revoltado a população. A sociedade, como consequência, tem se manifestado frequentemente, através de passeatas ou de abaixo-assinados, contra a imoralidade dos corruptos e exigido punição para os ladrões.
        Existem outras causas e consequências para este tema, mas analisamos apenas estas, para facilitar o trabalho. Você pode mencionar outras.
        “Defendo um choque de capitalismo nos pobres. Eles não precisam ser protegidos, precisam de meios para sobreviver numa economia de mercado, precisam ter capacidade de geração de renda. Talvez por tabu nunca foi tentado neste país.”

                                     MARCELO NERI – entrevistado pela Veja, 19/01/2004.

1 – Encontre uma causa e uma consequência para cada tema dado e, a seguir, monte um parágrafo:
a)     “A cada dia torna-se mais difícil encontrar emprego nas grandes cidades.”
Causa: resposta pessoal.
Consequência: resposta pessoal.

b)    “O Brasil tem enfrentado graves problemas na área de saúde e previdência públicas.”
Causa: resposta pessoal.
Consequência: resposta pessoal.

c)     “A campanha contra a miséria e a fome, promovida pelo Betinho, ainda mobiliza toda a nação.”
Causa: resposta pessoal.
Consequência: resposta pessoal.

2 – Reescreva as frases abaixo, estabelecendo:
      I – Relação de causa.
      II – Relação de consequência.
      Veja o exemplo:
a)     Vamos viajar amanhã. Está chovendo muito.
I – Vamos viajar amanhã, porque está chovendo muito.
II – Está chovendo muito e por isso vamos viajar amanhã.

b)    O jogador foi cortado da seleção. Ele sofreu uma fratura.
I – O jogador foi cortado da seleção, porque sofreu uma fratura.
II – O jogador sofreu uma fratura, por isso foi cortado da seleção.

c)     A estrada estava cheia. Era feriado nacional.
I – A estrada estava cheia, porque era feriado nacional.
II – Era feriado nacional e por isso a estrada estava cheia.

d)    Os motoristas fizeram greve. Os salários estavam baixos.
I – Os motoristas fizeram greve, porque os salários estavam baixos.
II – Os salários estavam tão baixos que os motoristas fizeram greve.

e)     O estudante fez boas provas. Estudou muito.
I – O estudante fez boas provas, já que estudou muito.
II – O estudante estudou tanto que fez boas provas.

f)      O cinema nacional está em decadência. Não há incentivo federais.
I – O cinema nacional está em decadência, porque não há incentivos federais.
II – Não há incentivos federais e por isso o cinema nacional está em decadência.

g)     Os inquilinos entraram na justiça. Os aluguéis aumentaram além da inflação.
I – Os inquilinos entraram na justiça, porque os aluguéis aumentaram além da inflação.
II – Os aluguéis aumentaram tão além da inflação que os inquilinos entraram na justiça.



Nenhum comentário:

Postar um comentário