quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

CRÔNICA: QUANTAS PALAVRAS VOCÊ DISSE HOJE? RAUL DREWNICK - COM GABARITO

 Crônica: Quantas palavras você disse hoje?

              Raul Drewnick

    A vontade de conversar anda cada vez mais em falta em São Paulo. Cansado, acossado pelas contas a pagar, mal-humorado por mil e um motivos, o paulistano hoje fala a língua travada dos monossílabos. Com os parentes, com os vizinhos, com os amigos – também cada vez mais raros –, nós nos limitamos ao sim, ao não, ao é, ao fui, ao sei, quando não recorremos aos grunhidos: ahn, hem, ohm, uhm.

        Se nada mudar, logo as 150 ou 200 palavras que usamos para expressar nossas emoções e nossos sentimentos, nossas frustações e nossas alegrias, nosso carinho e nosso rancor, nossos sonhos e nossas desilusões, nosso afetos e nosso desamor estarão reduzidas a 40 ou, quem sabe, 50.

        Ninguém precisa falar conosco, para nos definir. Basta olhar para nós. Somos o que o nosso rosto não esconde e nosso olhar inamistoso revela: magoados, sofridos, desencantados. Sorrir para quem, se aquele para quem sorrimos pode nos cercar na próxima esquina e nos apontar um revólver para roubar os minguados reais de nossa carteira? Falar com quem, se ninguém quer falar com ninguém? Somos robôs programados para o essencial e já faz muito tempo que o essencial não inclui a convivência.

        Se bater um papo é difícil, manter um diálogo é uma impossibilidade. Já reparou nas caras feias que logo se armam quando numa reunião alguém comete o pecado mortal de tentar pôr em circulação um assunto que não seja o futebol, a vida íntima dos astros do cinema e da TV ou a nova maravilha em dietas ou regimes?

        Experimente citar, ainda que bem de leve, aquele programa que você às vezes vê na TV Cultura ou manifeste sua indignação com a Globo por ela ter tirado do ar os Concertos Internacionais.

        Ninguém lhe dirá nada, porque falar cansa. Mas você lerá em todos os rostos algo mais ou menos assim: – Ah, qual é a desse cara? Se a dona da casa não enfiar logo um sanduíche na boca desse cretino, já já ele vai vir com aquela caretice de literatura engajada e imortalidade da alma.

        Sem ter com quem conversar, às vezes um dos nossos se põe a falar sozinho por aí. Você já viu alguns deles pela cidade – um na Avenida Paulista, um no Largo do Arouche, um na Avenida São João. Alguns, mais modestos, andam pelos bairros da periferia. E falam, falam, falam sem parar. Falam para os carros, para os passarinhos, para as árvores, para os postes. Não falam conosco. Já tentaram, em outro tempo, e enlouqueceram de tanto tentar.

        Ontem, vi um desses desvairados. Entrei numa dessas agências bancárias em que não há funcionários, só máquinas, e o vi conversando com uma delas.

        A máquina pedia: – Digite sua senha.

        Ele digitava e dizia: – OK.

        A máquina sugeria: – Digite o valor dos cheques depositados.

        Ele digitava e agradecia: – Obrigado.

        Aí ele errava, e a máquina repetia: – Digite o valor dos cheques depositados.

        Ele digitava de novo e se eximia: – Desculpe, hoje eu estou atrapalhado.

        A conversa continuou, enquanto eu, na minha máquina, muda, sacava um dinheirinho. Enfiei as notas no bolso, saí e fiquei um minuto ou dois lendo as manchetes numa banca. Quando me dispus a retomar meu caminho, quem foi que se aproximou de mim? O homem, aquele. Olhou-me com simpatia e me perguntou: – Tudo bem?

        Entrei em pânico. Ele, então, levantou a mão e me cumprimentou: – Até logo e boa sorte.

        Enquanto eu, estupefato, não sabia se respondia ou não, ele atravessou a rua e se foi. Era um louco, só podia ser. Falava e, além de falar, sorria.

O Estado de São Paulo, 25 nov. 1997.

    Fonte: Português – Linguagem & Participação, 8ª Série – MESQUITA, Roberto Melo / Martos, Cloder Rivas – 2ª edição – 1999 – Ed. Saraiva, p. 95-7.

Fonte da imagem:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fvariosexemplos.blogspot.com%2F2019%2F08%2Fcomo-separar-em-silabas-palavra-exemplo.html&psig=AOvVaw2WA-bDHIXJPAFZHN_SC7R_&ust=1607125808068000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCIjCibeAs-0CFQAAAAAdAAAAABAD


Entendendo a Crônica:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Acossado: pressionado.

·        Convivência: ação ou efeito de conviver, trato diário.

·        Recorremos: lançamos mão de, usamos.

·        Engajada: comprometida com a vida política.

·        Grunhidos: resmungos.

·        Periferia: subúrbio, região afastada do centro da cidade.

·        Rancor: raiva.

·        Desvairados: loucos, dementes.

·        Desamor: ausência de amor.

·        Digite: use o teclado de uma máquina.

·        Inamistoso: agressivo.

·        Eximia-se: desculpava-se.

·        Minguados: poucos.

·        Estupefato: espanto.

02 – Onde se ambienta a ação do texto?

      A ação do texto ocorre em São Paulo.

03 – O problema apresentado pelo texto pode acontecer somente naquele local? Como é isso na sua cidade?

      Não, esse problema pode acontecer em qualquer grande cidade do mundo. Resposta pessoal do aluno.

04 – Segundo o texto:

a)   Quais as razões para o silêncio das pessoas nas ruas?

O cansaço, os problemas, as dificuldades econômicas, as decepções, o medo.

b)   Quais são os temas discutidos em reuniões? Faça um comentário a respeito.

Os temas são o futebol, a vida íntima de astros de cinema e televisão e dietas ou regimes novos.

c)   O que acontece com aquelas pessoas que querem conversar sobre assuntos mais sérios?

Algumas dessas pessoas começam a falar sozinhas, consigo mesmas.

05 – Na sua opinião, por que o texto diz que “somos robôs programados para o essencial”?

      Resposta pessoal do aluno.

06 – Qual é o problema humano que o texto discute? Faça um comentário a respeito.

      O texto discute a dificuldade de comunicação entre as pessoas imposta pela correria do dia-a-dia.

07 – Como você entendeu o episódio narrado no final do texto?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: é um recurso do autor para, por meio de uma situação externa, chamar a atenção sobre o problema que comenta na crônica: a incomunicabilidade, o isolamento em que vivemos.

08 – A crônica discute um problema enfrentado por que faixa etária?

      A crônica discute o problema da solidão enfrentado pelos adultos.

09 – Você concorda com a análise do cronista? Faça um comentário a respeito.

      Resposta pessoal do aluno.

CRÔNICA: GENTE DEMAIS - RACHEL DE QUEIROZ - COM GABARITO

 Crônica: Gente Demais       

                  Rachel de Queiroz

        Ah, vida penosa! Tudo tão difícil, tão sofrido, tão sem jeito. A discórdia, as disputas, as mentiras. O grevismo. Pensando bem, quem sabe os males do mundo não decorrem do fato de, neste mesmo mundo, estar havendo gente demais? Já não se morre tanto como antigamente. A perspectiva de vida das pessoas subiu de modo incrível. Na época da nossa independência, o tempo médio de vida dos brasileiros talvez não passasse dos 40. Hoje alcançou os 70 e, nas áreas mais adiantadas, já estão falando em 80. A medicina evoluiu tanto que, neste final de século, andam esquecidas quase todas as grandes doenças que outrora dizimavam populações. Ninguém morre mais de varíola, de bubônica, de tifo, de febre amarela. O impaludismo acaba onde chega o mata-mosquito. Quase não se morre mais de parto, de apendicite, de hérnia. Fora das faixas de grande pobreza, baixam muito os índices de mortalidade infantil. A tuberculose, a grande Peste Branca, ficou para trás, contemporânea da Dama das Camélias. Até lepra hoje se cura. Os males da velhice são combatidos com êxito e o milagre da ponte de safena já se faz nos hospitais públicos, deixando de ser privilégio dos ricos.

        E quando a ciência se mostra ainda impotente, como acontece com o câncer e com a Aids, os sábios enfrentam com tal gana o desafio que, com certeza, em breve o vencerão.

        E agora eu pergunto: estará mesmo dentro dos planos de Deus tanta gente pululando na fase da terra? Mais de um bilhão de chineses, por exemplo, estriam previstos no Gênese, quando o Senhor contemplou a sua criação e achou que tudo estava bem? Não haverá chineses demais, e russos, e americanos, e indianos – e brasileiros?

        Os criadores de gado e de outros bichos sabem que não se pode ter rebanho acima das possibilidades de pasto. Passando certo limite, tem que vender, mandar para o corte, embora com uma dor no coração. Então nós, que somos o rebanho do Senhor, não teremos excedido as possibilidades do nosso sustento, não careceremos de ser reajustados? Como Deus não dendê corpos (o próprio Diabo só se interessa por almas), Ele então suscita epidemias, terremotos, enchentes, revoluções, guerras. E como tem conosco o compromisso de nos permitir o livre-arbítrio, deixa que a podagem a façamos nós mesmos – e por isso é ela tão imperfeita. Guerras por exemplo: são um método seguro de fazer com que minguem populações. Mas em vez de se recrutarem os inúteis, os descartáveis, os velhos, os estropiados, os frágeis – não: convoca-se para a guerra a fina flor da população, os que estão no esplendor da juventude. Idade entre 18 e 25 anos, boa altura, boas proporções, saúde perfeita. Nem os míopes são aceitos. Dentes impecáveis, como se nas guerras de hoje ainda se brigasse às dentadas. Exemplares perfeitos, hígidos – pra quê? Para fazer deles carne de canhão. Parece que as juntas do recrutamento militar não têm ideia da crueza da guerra; só cuidam de bonitos soldadinhos em parada. Por mim, em caso de guerra, afora os especialistas indispensáveis (que, no caso, precisam é de bons cérebros, não de higidez física), pegaria para carne de canhão somente os dispensáveis, os que são um peso para si e para os outros e – por que não? – os velhos como nós. Passou dos 70, está automaticamente alistado. O prejuízo não seria tão grande, nós já estamos mesmo na hora do ajuste de contas. Nos romances de cavalaria há sempre a figura do velho herói que, somando as cansadas forças ao imperecível valor, ganha a vitória com o seu sacrifício. Lembram-se da última campanha do Cid Campeador? Até depois de morto venceu o combate, correndo à frente no seu corcel de guerra, atado numa grade que o sustinha à sela, preso na mão esquerda o pendão de batalha. Pois há muito velho por aí, ansioso por acabar em glória, numa façanha assim.

        E então ficariam só os moços, os belos, os saudáveis, para repovoar a terra.

As terras ásperas: 96 crônicas escolhidas. São Paulo, Siciliano, 1993.

     Fonte: Português – Linguagem & Participação, 8ª Série – MESQUITA, Roberto Melo / Martos, Cloder Rivas – 2ª edição – 1999 – Ed. Saraiva, p. 66-9.

Fonte da imagem: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fjoaokepler.medium.com%2Fa-vida-%25C3%25A9-uma-perspectiva-5ad91f965d04&psig=AOvVaw0dkUZ4PMYjJVKHCJAWh6V3&ust=1607125074308000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCJiM8Nb9su0CFQAAAAAdAAAAABAD

Entendendo a crônica:

01 – De acordo com o texto, qual o significado das palavras abaixo:

·        Discórdia: desavença, falta de concórdia.

·        Pululando: brotando, multiplicando-se com rapidez.

·        Grevismo: movimentos pela paralisação do trabalho.

·        Excedido: superado.

·        Perspectiva: estimativa, possibilidade.

·        Suscita: provoca.

·        Dizimavam: aniquilavam, exterminavam.

·        Livre-arbítrio: faculdade que tem o ser humano de autodeterminar-se, isto é, decidir seus próprios caminhos.

·        Contemporânea: da mesma época.

·        Impotente: que não tem poder.

·        Gana: grande apetite ou vontade de algo.

·        Minguem: dizimem, reduzam.

·        Hígidos: sadios, sãos.

02 – Como você avalia a opinião do narrador sobre o mundo?

      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: A opinião do narrador sobre o mundo é muito pessimista, mostra amargura e descontentamento.

03 – Em que área do conhecimento humano o texto reconhece grandes avanços?

      Na medicina.

04 – Segundo o texto, qual é a causa dos problemas do mundo?

      Segundo o texto, é o excesso de população.

05 – Com que o texto compara a espécie humana?

      O texto compara a espécie humana com gado.

06 – Qual é a explicação presente no texto sobre as catástrofes que atingem a humanidade?

      As catástrofes seriam suscitadas por Deus para diminuir a população.

07 – Quem são os convocados para as guerras?

      São os jovens, de “boa altura, boas proporções, saúde perfeita”.

08 – Que grupo a autora gostaria de enviar à guerra?

      A autora enviaria à guerra os mais velhos, que já estão na hora do “ajuste de contas”.

09 – Numere as afirmações de acordo com a ordem em que aparecem no texto.

(1) Os males do mundo decorrem do fato de haver gente demais.

(8) Há muitos idosos que gostariam de acabar os seus dias praticando um ato de heroísmo.

(2) A perspectiva de vida aumentou muito.

(3) A medicina evoluiu tanto que muitas doenças que dizimavam populações andam esquecidas.

(9) Os melhores repovoariam o mundo.

(5) O ser humano tem livre-arbítrio.

(7) Os velhos deveriam ser soldados.

(4) Com certeza, em breve serão vencidos o câncer e a Aids.

(6) As guerras matam os jovens.

10 – Escolha uma das afirmações da questão anterior e argumente em seu favor.

      Resposta pessoal do aluno.

11 – Escolha uma das afirmações da questão 9 e argumente contra ela.

      Resposta pessoal do aluno.

12 – Lembre-se do que você discutiu sobre a causa das guerras.

a)   A autora desta crônica posiciona-se contra a guerra?

Ela não critica a guerra em si, mas o fato de se enviarem jovens, “a fina flor da população”.

b)   Como você vê esse posicionamento.

Resposta pessoal do aluno.

13 – De modo geral, você concorda ou discorda das afirmações contidas no texto? Justifique sua resposta.

      Resposta pessoal do aluno.

 

 

POEMA: AIS E MENOS - PAULO LEMINSKI - COM GABARITO

 POEMA: AIS E MENOS

Fonte da imagem - https://www.blogger.com/blog/post/edit/7220443075447643666/5478223307413604545#

     Paulo Leminski

 



Senhor,


Peço poderes sobre o sono,
esse sol em que me ponho
a sofrer meus ais ou menos,
sombra, quem sabe, dentro de um
sonho.


Quero forças para o salto
do abismo onde me encontro
ao hiato onde me falto.


Por dentro de mim, a pedra,
e, aos pés da pedra,
essa sombra, pedra que se esfalfa.


Pedra, letra, estrela à solta,
sim, quero viver sem fé,
levar a vida que falta
sem nunca saber quem é.

                                                     Paulo Leminski

Fonte da imagem:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DJuobuLMydn4&psig=AOvVaw3aFfQyM9YWCa5rOGOqdujb&ust=1607093379752000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCICp3cWHsu0CFQAAAAAdAAAAABAD

Entendendo o poema

       1)   O poema apresenta elementos característicos de outro gênero do discurso, que é:

a)   a receita.

b)   a oração.

c)   a canção.

d)   o anúncio publicitário.

e)   o relato.

2) Um trecho do poema surpreende por se opor, no plano das ideias, ao que se espera no gênero identificado na questão anterior. Trata-se do(s) verso(s):

    a) "peço poderes sobre o sono"

    b) "Quero forças para o salto/do abismo onde me encontro"

    c) "esse sol em que me ponho"

   d) "levar a vida que falta"

   e) "sim, quero viver sem fé"

3)   O eu lírico conta algo que:

a)   Está acontecendo no presente.

b)   Aconteceu em um passado bem próximo.

c)   Aconteceu num passado distante.

d)   Acontecerá num futuro bem próximo.

4)   De que se trata o poema?

          O eu lírico faz uma oração, pois se encontra angustiado, triste.

         5)   O que o eu lírico pede ao Senhor?

            Pede poderes sobre o sono, forças sobre o salto do abismo e pede para viver.

       6)   Há efeitos sonoros no poema? Quais?

          Sim. Há aliteração e paronomásia.

      7)   Nos versos:

         “ Por dentro de mim, a pedra,

         e, aos pés da pedra,

        essa sombra, pedra que se esfalfa.”

        Que figura de linguagem há nesses versos?

         Aliteração (repetição de um fonema ou palavra).

      8)   O título do poema motiva a leitura?

        Sim, pois o autor nos chama atenção ao escrever “ais”, despertando a curiosidade em saber porque não usou “mais” já que a próxima palavra é “menos”.

      9)   Em que verso há a figura de linguagem paronomásia (palavras com sonoridade     semelhantes)?

        No verso: “Pedra, letra, estrela a solta...”

      10)   É possível fazer uma reflexão com a leitura desse poema? Você concorda com as afirmações feitas pelo eu lírico?

      Resposta pessoal.


terça-feira, 1 de dezembro de 2020

REPORTAGEM: BIGODUDOS! CIÊNCIAHOJE.UOL.COM.BR - COM GABARITO

 REPORTAGEM: BIGODUDOS!


    Saiba que os bigodes são muitos úteis para os gatos e até revelam o humor desses animais.

   Na história do Gato de Botas, o bichano convence seu amo a lhe comprar um calçado e um saco com a promessa de ajudá-lo. Mas, na vida real, os gatos precisam mesmo é da ajuda dos bigodes para fazer uma porção de coisas! Quem me contou isso foi a bióloga Débora Boccacino.

    Os pelos que formam os bigodes dos gatos, acredite, são de um tipo especial e se chamam vibrissas. Mas, se você reparar, verá que pelos assim não estão apenas sobre os lábios desses felinos. Também estão presentes sobre os olhos, no queixo e na ponta das orelhas dos bichanos. Observe só!

    Na raiz de cada vibrissa, existem células sensoriais que enviam informações do ambiente para o cérebro. E é por isso que esses pelos são tão úteis aos felinos. Essas células são bastante sensíveis e ajudam os gatos a se orientar, pois captam mínimas vibrações do ar. É por isso que mesmo com os olhos fechados os bichanos sentem a nossa presença! 

    Por serem um pouco mais largos que o corpo, as vibrissas dos gatos avisam se o bichano vai caber ou não em algum espaço, se o bigode dele não esbarrar em nada ele sabe que pode passar sem problemas! (reprodução).

   A largura dos bigodes dos gatos também os auxilia bastante. Afinal, eles são mais largos do que o corpo do animal. “Com isso, o felino consegue medir os locais por onde quer passar, como se fosse uma régua natural”.

    Apesar de os bigodes serem tão úteis, existe uma raça de gato chamada Sphynx que pode nascer sem bigodes. Isso porque esses felinos praticamente não têm pelos no corpo: eles são tão curtinhos que mal dá para notar. Não ter bigodes não afeta muito a vida desses bichanos, criados para ficar dentro de casa. Mas fique sabendo que, na vida selvagem, os bigodes são essenciais. Não apenas para os gatos, mas para os felinos em geral! Ah! E você sabia que os bigodes também revelam o humor dos gatos? “Quando estão mais baixos e para a frente, eles demonstram relaxamento”, conta Débora. “Já se estiverem mais eriçados e próximos ao rosto, representam uma postura defensiva ou agressiva”. Bom saber! Agora toda vez que eu encontrar um bichano com o bigode abaixado, vou aproveitar para fazer carinho!

Disponível em: http://chc.cienciahoje.uol.com.br/blogue-do-rex/2010/dezembro/bigodudos-2/

 

COMPREENDENDO A REPORTAGEM

1ª) Qual o tema da reportagem lida?

      A utilidade dos bigodes para os felinos.

2º) Como as vibrissas ajudam os felinos a perceberem o que acontece no lugar em que eles estão?

Na raiz de cada vibrissa, existem células sensoriais que enviam informações do ambiente para o cérebro. E é por isso que esses pelos são tão úteis aos felinos. Essas células são bastante sensíveis e ajudam os gatos a se orientar, pois captam mínimas vibrações do ar. É por isso que mesmo com os olhos fechados os bichanos sentem a nossa presença! 

     3º) Por que no texto as vibrissas são consideradas como “réguas naturais”?

    As vibrissas dos gatos avisam se o bichano vai caber ou não em algum espaço, se o bigode dele não esbarrar em nada ele sabe que pode passar sem problemas!

4º) Por que o repórter diz que “toda vez que eu encontrar um bichano com o bigode abaixado, vou aproveitar para fazer carinho!”?

Porque quando os bigodes  estão mais baixos e para a frente, eles demonstram relaxamento.

5º) Que características são encontradas no texto “Bigodudos” para torná-lo uma reportagem?

- Texto escrito em terceira pessoa;

- Presença de título;

- Discurso indireto;

- Objetividade;

- Linguagem formal.

MÚSICA(ATIVIDADES): TAMO JUNTO (NÃO DESISTA) - CARLINHOS BROWN E LEXA - COM QUESTÕES GABARITADAS

 MÚSICA(Atividades):Tamo junto (Não desista) - Carlinhos Brown e Lexa


Não abandone o seu futuro

Dê duro, lute por ele 

(Você não tá sozinho)

Não abandone o seu destino

Só o ensino te leva lá

(Você não tá sozinho)

Não abandone você mesmo 

Recarregue pra recomeçar

(Você não tá sozinho)

 

Agora tá difícil, irmão,

Aprender com escola de mão

Mas vai passar, vai passar

Quem não parar vai chegar lá

 

Não desista, resista sim

Não desista, desista não

Não desista do seu futuro

Não desista da Educação

 

Se não dá pra ir pra escola agora

Não deixe a escola ficar longe de você

Ligue, clique, se conecte

Não desista do direito... seu direito de aprender

 

O mundo parou, parou,

Mas ninguém vai te parar 

Tá chato, tá - tá - tá - tá

Tá dureza, tá - tá- tá - tá

Mas uma certeza, tem - tem - tem - tem

Quem não parar vai chegar lá, meu bem 

 

Não desista, resista sim

Não desista, desista não

Não desista do seu futuro

Não desista da Educação

 

(Carlinhos Brown e Sérgio Valente) 

 ENTENDENDO A CANÇÃO

01)       Que mensagem a canção transmite? Comente:

Mensagem otimista sobre os estudos, mesmo diante de uma Pandemia.

       02)       Qual é o objetivo dessa música? 

Incentivar aos alunos a continuarem estudando, seja de qual forma for.

        03)       O texto fez uso da linguagem culta ou coloquial? Por quê? 

Ela faz uso das duas linguagens. Sem predominância de uma ou outra.

          Exemplo de linguagem culta: Não abandone o seu futuro

          Exemplo de linguagem coloquial: Tá chato, tá - tá - tá - tá

        04)       Quando se afirma que "você não tá sozinho", quem está com você quando diz que "tamo junto"? 

Todo mundo, ou seja, o mundo parou devido a Pandemia.

       05)       Com a pandemia, a evasão escolar se tornou um assunto urgente. Por que alguns alunos não estão querendo estudar? 

Alguns se sentem desmotivados, outros não tem acesso a internet que suporte as plataformas que as Secretarias de Educação obriga os professores e alunos usarem.

 06)       O verso "ligue, clique, se conecte" denuncia uma dificuldade enfrentada por muitos estudantes brasileiros. Que dificuldade é esta? Justifique: 

Dificuldade financeira para manter uma boa conexão de internet.

          07) De acordo com a letra da música, qual a importância do estudo na vida das pessoas? O que você pensa a respeito disso? 

                   Resposta pessoal.

08)       Desistir é abrir mão voluntariamente de algo. Você sentiu vontade de desistir da escola este ano? Em que momento? Por quê? 

Resposta pessoal.

09)       Que sentimento a música despertou em você? Justifique sua resposta: 

Resposta pessoal.

10)       A canção motivou você a prosseguir mesmo diante das dificuldades do ensino remoto? Por quê? 

Resposta pessoal.

    11) Elabore cinco frases motivadoras relacionadas ao ensino remoto, a exemplo de "Não desista do seu futuro": 

Resposta pessoal.

 

 


TEXTO: CAMA DE GATO - KARIN BEHREND - COM GABARITO

Cama de gato

Os gatos gostam de ter uma cestinha com um travesseiro macio e lavável, ou cobertores para dormir em cima. Claro, até a mais linda cesta e a “casa” mais confortável não vão ser usadas se o seu gato colocou na cabeça que o melhor lugar para dormir é em cima do seu travesseiro. Quando um gato coloca uma coisa assim na cabeça, ele acredita nela obstinadamente, e nada garante que você será capaz de quebrar esse hábito. Está na natureza do gato ser meio “cabeça-dura”. Você, como amante de gatos, deve ser tolerante com isso.

BEHREND, Karin. Cats. In: Primeiras Patas, p.10.

Questão 1 –Qual expressão funciona como adjunto adverbial de lugar? Aponte-a:

a) “uma cestinha”.

b) “um travesseiro macio e lavável”.

c) “em cima”.

Questão 2 –O adjunto adverbial, apontado acima, modifica o sentido do verbo:

a) “gostam”

b) “ter”

c) “dormir”

Questão 3 – No trecho “Claro, até a mais linda cesta [...]”, o adjunto adverbial “mais”:

a) complementa o sentido do adjetivo “linda”.

b) intensifica o sentido do adjetivo “linda”.

c) explica o sentido do adjetivo “linda”.

Questão 4 – Na oração “[...] ele acredita nela obstinadamente [...]”, o adjunto adverbial sublinhado indica:

a) modo

b) tempo

c) certeza

Questão 5 –A substituição do termo “gato” pelo equivalente no feminino levaria à alteração no adjunto adverbial “meio”?

Assinale a frase correta:

a) “Está na natureza da gata ser meio “cabeça-dura.”

a) “Está na natureza da gata ser meia “cabeça-dura.”

Questão 6 - Relacione as colunas de acordo com a circunstância dos adjuntos adverbiais em destaque.

(A) Tempo

(B) Modo

(C) Lugar

(D) Intensidade

 (E) Negação

(F) Afirmação

(G) Dúvida

(  B  ) O garoto atendeu o cliente educadamente.

(  A  ) Ontem, meu primo viajou.

(  C  ) Meu cachorro estava no meio da rua.

( F  ) Certamente você será recompensado.

( G  ) Talvez não haja aula amanhã.

( E  ) Não dê importância ao que os outros dizem.

(  D ) Os alunos estavam bastante interessados na aula de hoje.