terça-feira, 28 de julho de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): VALSINHA - VINICIUS DE MORAES/CHICO BUARQUE - COM GABARITO

MÚSICA(ATIVIDADES): VALSINHA

                   VINÍCIUS DE MORAES/CHICO BUARQUE

Um dia ele chegou tão diferente

Do seu jeito de sempre chegar

Olhou-a de um jeito muito mais quente

Do que sempre costumava olhar

E não maldisse a vida tanto

Quanto era seu jeito de sempre falar

E nem deixou-a só num canto

Pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar

 

E então ela se fez bonita

Como há muito tempo não queria ousar

Com seu vestido decotado

Cheirando a guardado de tanto esperar

Depois os dois deram-se os braços

Como há muito tempo não se usava dar

E cheios de ternura e graça

Foram para a praça e começaram a se abraçar

 

E ali dançaram tanta dança

Que a vizinhança toda despertou

E foi tanta felicidade

Que toda cidade se iluminou

E foram tantos beijos loucos

Tantos gritos roucos como não se ouvia mais

Que o mundo compreendeu

E o dia amanheceu em paz.

 

(MORAES, Vinícius de & BUARQUE, Chico. In: BUARQUE, Chico. A arte de Chico Buarque. LP Fontana nº 6470 549, 195. L. 1, f.5.)

Entendendo a canção:

01 – Sobre o texto, só NÃO se pode afirmar que:

a)   O texto estabelece uma relação de semelhança entre a dança, o jogo amoroso e as relações humanas.

b)   O gesto amoroso da dança começa no interior da casa e atinge o mundo.

c)   O gesto amoroso da dança produz o efeito de instaurar a paz entre os seres humanos.

d)   O conceito de amor implícito no texto não inclui o prazer físico entre os personagens.

02 – Leia as asserções a seguir para responder à questão abaixo:

I – A expressão “pra”, no verso 8, traz marcas de oralidade.

II – Nos versos 21 e 22 estabelece-se uma relação de consequência.

III – A expressão “ali”, no verso 17, refere-se à palavra cidade.

IV – Este é um texto narrativo que relata uma transformação.

A alternativa que traz os números das asserções corretas é:

a)   I e II.

b)   III e IV.

c)   I, III e IV.

d)   I, II e IV.

03 – A expressão “seu jeito” (verso 06) tem como referente:

a)   O narrador.

b)   O autor.

c)   Ele.

d)   Ela.

04 – Leia a canção e responda. Com relação ao gênero e a tipologia textual referente a esse texto, é correto afirmar que predominam:

a)   O gênero música e a tipologia descritiva.

b)   O gênero música e a tipologia narrativa.

c)   O gênero música e a tipologia expositiva.

d)   O gênero poesia e a tipologia descritiva.

e)   O gênero poesia e a tipologia narrativa.

05 – O texto relata uma transformação: o amante chegava habitualmente de um jeito e passou a chegar de outro. Como ele chegava? Como passou a chegar?

      Ele chegava sempre maldizendo a vida.

      Chegou diferente e a olhou de um jeito muito mais quente.

06 – Em um dia diferente, uma das atitudes dele, de modo especial, causou surpresa para a moça. Que atitude foi essa?

      Declarou-se, olhou para ela de um jeito diferente.

07 – A transformação ocorrida coma personagem masculina desencadeou outra na personagem feminina. Qual foi essa transformação?

      Ela se sentiu amada e se fez bela para ele, colocando um vestido decotado, cheirando a guardado de tanto esperar.

08 – Que versos da canção notamos que é um amor antigo e ingênuo?

      “Depois os dois deram-se os braços

       Como há muito tempo não se usava dar

       E cheios de ternura e graça

       Foram para a praça e começaram a se abraçar”.

09 – Nessa canção o eu lírico retrata o quê?

      Retrata uma situação em que o homem redescobre a mulher e isso cria a possibilidade de um encontro erótico, que é descrito na canção.

     


POEMA: À IMPROPRIEDADE - JOSÉ PAULO PAES - COM GABARITO

Poema: À IMPROPRIEDADE

             José Paulo Paes


De cearense sedentário

Baiano lacônico

Mineiro perdulário.

 

Deus nos guarde.

 

De carioca cerimonioso

Gaúcho modesto

Paulista preguiçoso.

 

Deus nos livre e guarde.

José Paulo Paes

Entendendo o poema:

01 – Interpretando-se os sentidos do poema, pode-se afirmar que:

a)   (V) Em seu sentido global, o poema reafirma os estereótipos a respeito dos diversos tipos de brasileiro.

b)   (V) O poema é construído com antíteses parcialmente implícitas: ao conceito de “cearense sedentário”, por exemplo, opõe-se “cearense migrante”.

c)   (V) O poema é bem-humorado por causa das inversões de sentido utilizadas pelo autor.

d)   (F) O título “À impropriedade” funciona como um ornamento dispensável ao texto, sem manter assim relações de sentido com o poema.

02 – Nesse poema há dois aspectos que chamam logo a atenção, quais?

      A presença do tom humorístico com que o eu lírico observa (ironicamente) as contradições do mundo e a simplicidade da escrita, tanto da matéria poética – que é captada no cotidiano.

03 – Que temática é abordada nesse poema?

      Ele aborda a inversão de estereótipos a respeito do povo brasileiro.

04 – Onde se encontra a ironia do texto?

      A ironia está só na inversão – que conduz à frase original –, mas na introdução do ditado popular: “Deus nos livre e guarde” tão mecanicamente usado quanto às expressões que quer retomar.

POEMA: O RELÓGIO - JOÃO CABRAL DE MELO NETO - COM GABARITO

Poema: O Relógio

           João Cabral de Melo Neto


Ao redor da vida do homem

há certas caixas de vidro,

dentro das quais, como em jaula,

se ouve palpitar um bicho.

 

Se são jaulas não é certo;

mais perto estão das gaiolas

ao menos, pelo tamanho

e quadradiço de forma.

 

Uma vezes, tais gaiolas

vão penduradas nos muros;

outras vezes, mais privadas,

vão num bolso, num dos pulsos.

 

Mas onde esteja: a gaiola

será de pássaro ou pássara:

é alada a palpitação,

a saltação que ela guarda;

 

e de pássaro cantor,

não pássaro de plumagem:

pois delas se emite um canto

de uma tal continuidade

 

que continua cantando

se deixa de ouvi-lo a gente:

como a gente às vezes canta

para sentir-se existente.

 

O que eles cantam, se pássaros,

é diferente de todos:

cantam numa linha baixa,

com voz de pássaro rouco;

 

desconhecem as variantes

e o estilo numeroso

dos pássaros que sabemos,

estejam presos ou soltos;

 

têm sempre o mesmo compasso

horizontal e monótono,

e nunca, em nenhum momento,

variam de repertório:

 

dir-se-ia que não importa

a nenhum ser escutado.

Assim, que não são artistas

nem artesãos, mas operários

 

para quem tudo o que cantam

é simplesmente trabalho,

trabalho rotina, em série,

impessoal, não assinado,

 

de operário que executa

seu martelo regular

proibido (ou sem querer)

do mínimo variar.

 

A mão daquele martelo

nunca muda de compasso.

Mas tão igual sem fadiga,

mal deve ser de operário;

 

ela é por demais precisa

para não ser mão de máquina,

a máquina independente

de operação operária.

 

De máquina, mas movida

por uma força qualquer

que a move passando nela,

regular, sem decrescer:

 

quem sabe se algum monjolo

ou antiga roda de água

que vai rodando, passiva,

graçar a um fluido que a passa;

 

que fluido é ninguém vê:

da água não mostra os senões:

além de igual, é contínuo,

sem marés, sem estações.

 

E porque tampouco cabe,

por isso, pensar que é o vento,

há de ser um outro fluido

que a move: quem sabe, o tempo.

 

Quando por algum motivo

a roda de água se rompe,

outra máquina se escuta:

agora, de dentro do homem;

 

outra máquina de dentro,

imediata, a reveza,

soando nas veias, no fundo

de poça no corpo, imersa.

 

Então se sente que o som

da máquina, ora interior,

nada possui de passivo,

de roda de água: é motor;

 

se descobre nele o afogo

de quem, ao fazer, se esforça,

e que ele, dentro, afinal,

revela vontade própria,

 

incapaz, agora, dentro,

de ainda disfarçar que nasce

daquela bomba motor

(coração, noutra linguagem)

 

que, sem nenhum coração,

vive a esgotar, gota a gota,

o que o homem, de reserva,

possa ter na íntima poça.

João Cabral de Melo Neto

Entendendo o poema:

01 – Que temática é abordada no poema?

      A temática é o tempo.

02 – Qual é a primeira metáfora escolhida para o tempo nesse poema?

      É “bicho”, sendo gradativamente amenizada no decorrer das estrofes.

03 – Que mudança sofre o “bicho” no decorrer do poema?

      Passando de um “bicho” de jaula a um pássaro em uma gaiola.

04 – Em relação ao texto, julgue os itens que se seguem:

(F) O entendimento do poema é facilitado pelo fato de o título permitir que o sentido metafórico da terceira estrofe se associe à ideia de relógio.

(F) A utilização de estrofes que são quartetos e de versos de sete sílabas (redondilha maior) comprova que o Modernismo desprezou totalmente as formas tradicionais de construção de poemas.

(V) A noção de trabalho no texto apresenta as oposições: artistas e artesãos versus operários; produção variada, criativa versus produção em série, rotineira; a produção pessoal versus produção impessoal.

05 – Ainda em relação ao texto, julgue os itens seguintes:

(F) No primeiro verso do poema, a contagem das sílabas métricas exige a elisão de uma das vogais idênticas em “do homem” e a desconsideração da última sílaba gramatical do verso, por ser átona.

(F) A ocorrência próxima dos substantivos “jaula”, “jaulas”, “gaiolas”, “gaiola” e “pássaro” e das palavras com o mesmo radical “cantor”, “canto”, “cantando”, intensifica a sonoridade, a coesão e também a convergência e a densidade semântica do texto.

(V) Na interpretação de poemas, deve existir sempre uma margem de flexibilidade em consequência da multiplicidade de sentidos. Assim, na sexta estrofe, as duas ocorrências da expressão “a gente” podem ser interpretadas como nós (eu lírico e leitores) ou como as pessoas, o povo.

06 – Na tentativa de descrever o que há dentro dessas caixas de vidro, como o poema se inicia?

      Inicia-se investigando, buscando respostas diante da sua dúvida: “Se são jaulas não é certo”.

07 – Copie os versos que descrevem a passagem de jaula resistente que detém um ser feroz, para ela passa à delicadeza de uma gaiola que guarda um pássaro, de “alada palpitação”.

      “Uma vezes, tais gaiolas

       vão penduradas nos muros;

       outras vezes, mais privadas,

       vão num bolso, num dos pulsos.

 

       Mas onde esteja: a gaiola

       será de pássaro ou pássara:

       é alada a palpitação,

       a saltação que ela guarda.”

08 – A que se assemelha a imagem dos ponteiros do relógio?

      São semelhantes às asas de um pássaro, remete-nos ao tempo-pássaro, ao desejo da ave de voar, de ganhar o céu e a liberdade, mas que impossibilitada de fazê-lo, tem de contentar-se com o curto bater de suas asas dentro do espaço limitado da gaiola.

09 – O eu lírico através do poema fala da diferença entre o operário e os artesões e artistas. Explique.

      Ele diz que a figura do operário veste bem o ponteiro do relógio que trabalha sem parar, no mesmo ritmo, mecanicamente e diferentemente dos artesãos e artistas que fogem do compasso rotineiro do tempo, procurando evadir-se na arte, o trabalho dos ponteiros-operários.

 

 

 

 


CRÔNICA: UM SONHO DE SIMPLICIDADE - RUBEM BRAGA - COM GABARITO

Crônica: Um sonho de simplicidade       

                  Rubem Braga

        Então, de repente, no meio dessa desarrumação feroz da vida urbana, dá na gente um sonho de simplicidade. Será um sonho vão? Detenho-me um instante, entre duas providencias a tomar, para me fazer essa pergunta. Por que fumar tantos cigarros? Eles não me dão prazer algum; apenas me fazem falta. São uma necessidade que inventei. Por que beber uísque, por que procurar a voz de mulher na penumbra ou amigos no bar para dizer coisas vãs, brilhar um pouco, saber intrigas?

        Uma vez, entrando numa loja para comprar uma gravata, tive de repente um ataque de pudor, me surpreendendo assim, a escolher um pano colorido para amarrar ao pescoço.

        A vida poderia ser mais simples. Precisamos de uma casa, comida, uma simples mulher, que mais? Que se possa andar limpo e não ter fome, nem sede, nem frio. Para que beber tanta coisa gelada? Antes eu tomava água fresca da talha, e a água era boa. E quando precisava de um pouco de evasão, meu trago de cachaça.

        Que restaurante ou boate me deu o prazer que tive na choupana daquele velho caboclo no Acre? A gente tinha ido pescar no rio, de noite. Puxamos a rede afundando os pés na lama, na noite escura, e isso era bom. Quando ficamos bem cansados, meio molhados, com frio, subimos a barranca, no meio do mato, e chagamos à choça de um velho seringueiro. Ele acendeu um fogo, esquentamos um pouco junto do fogo, depois me deitei numa grande rede branca – foi um carinho ao longo de todos os músculos cansados. E então ele me deu um pedaço de peixe moqueado e meia caneca de cachaça. Que prazer em comer aquele peixe, que calor bom em tomar aquela cachaça e ficar algum tempo a conversar, entre grilos e vozes distantes de animais noturnos.

        Seria possível deixar essa eterna inquietação das madrugadas urbanas, inaugurar de repente uma vida de acordar bem cedo? Outro dia vi uma linda mulher, e senti um entusiasmo grande, uma vontade de conhecer mais aquela bela estrangeira: conversamos muito, essa primeira conversa longa em que a gente vai jogando um baralho meio marcado, e anda devagar, como a patrulha que faz um reconhecimento. Mas por que, para que, essa eterna curiosidade, essa fome de outros corpos e outras almas?

        Mas para instaurar uma vida mais simples e sábia, então seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer coisas… Seria preciso fazer algo de sólido e de singelo; tirar areia do rio, cortar lenha, lavrar a terra, algo de útil e concreto, que me fatigasse o corpo, mas deixasse a alma sossegada e limpa.

        Todo mundo, com certeza, tem de repente um sonho assim. É apenas um instante. O telefone toca. Um momento! Tiramos um lápis do bolso para tomar nota de um nome, um número… Para que tomar nota? Não precisamos tomar nota de nada, precisamos apenas viver – sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o ribeirão.

Rubem Braga

Entendendo a crônica:

01 – No texto, o narrador:

a)   Questiona o artificialismo do convívio social.

b)   Revela-se cauteloso na defesa de um outro estilo de vida.

c)   Cobra do ser humano uma atitude em face da vida que coincide com o Carpe Diem.

d)   Estabelece proximidade entre o viver urbano e o viver rural.

e)   Requer da sociedade uma postura mais solidária no convívio social.

02 – “Um sonho de simplicidade”, para o narrador, seria ter uma vida:

a)   Ligada aos bens / riquezas materiais.

b)   Despojada, cuidando tão-somente de um viver filantrópico.

c)   Em que o relacionamento entre as pessoas atendesse a convenções.

d)   Em que a atividade física fosse intensa e servisse de bálsamo para a alma

e)   De evasão ara um mundo de sonhos, em detrimento do mundo real.

03 – O narrador:

a)   No primeiro parágrafo, afirma a inutilidade de sonhar com outras formas de viver.

b)   No segundo parágrafo, revela uma consciência crítica do seu comportamento urbano.

c)   No terceiro parágrafo, põe em destaque a necessidade de afeto no relacionamento humano.

d)   No quarto parágrafo, enfatiza as dificuldades que o homem enfrenta na vida rural.

e)   No penúltimo parágrafo, apresenta a quebra da rotina da vida como inviável.

04 – A alternativa cujo fragmento apresenta a mesma ideia do narrador no parágrafo final é:

a)   “Os livros são objetos transcendentes / mas podemos amá-los do amor táctil”.

b)   “Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso / (É, sem dúvida, sobretudo o verso) / É o que pode lançar mundos no mundo”.

c)   “Caminhando contra o vento / sem lenço, sem documento / No sol de quase dezembro / Eu vou”.

d)   “Enquanto os homens exercem seus podres poderes / Índios e padres e bichos, negros e mulheres / E adolescente / Fazem o carnaval”.

e)   “Sei que a arte é irmã da ciência / Ambas filhas de um Deus fugaz / Que faz num momento e o mesmo momento desfaz”.

05 – Em seu sonho de simplicidade, o autor idealiza sobretudo:

a)   Uma depuração maior no seu estilo de escrever, marcado por excessivo refinamento.

b)   As pequenas necessidades da rotina, que cada um de nós cria inconscientemente.

c)   Uma relação mais direta e vital do homem com os demais elementos da natureza.

d)   O aperfeiçoamento do espírito, por meio de reflexões constantes e disciplinadas.

e)   A paixão ingênua que pode nascer com a voz de uma mulher na penumbra.

06 – Considere as seguintes afirmações:

I – O autor condiciona a conquista de uma vida mais simples à possibilidade de viver sem precisar produzir nada, sem executar qualquer tipo de trabalho, afora o da pura imaginação.

II – Alimentar um tal sonho de simplicidade é, na perspectiva do autor, uma característica exclusiva dos escritores que não mantém relações mais concretas com o mundo.

III – Cigarros, gravatas e telefones são elementos utilizados pelo autor para melhor concretizar o mundo que representa uma antítese ao seu sonho de simplicidade.

Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em:

a)   I.

b)   II.

c)   III.

d)   I e II.

e)   II e III.

07 – Na frase: “Mas, para instaurar uma vida mais simples e sábia, seria preciso ganhar a vida de outro jeito, não assim, nesse comércio de pequenas pilhas de palavras, esse ofício absurdo e vão de dizer coisas, dizer coisas...”. O autor:

a)   Ressalta, com a repetição de dizer coisas, a importância de seu trabalho de escritor, pelo qual revela aos outros as verdades mais profundas.

b)   Justifica com a expressão comércio de pequenas pilhas de palavras a visão depreciativa que tem de seu próprio ofício.

c)   Apresenta como consequência de instaurar uma vida mais simples e sábia o fato de ganhar a vida de outro jeito.

d)   Utiliza a expressão não assim para apontar uma restrição à vida que seria preciso ganhar de outro jeito.

e)   Se vale da expressão ofício absurdo e vão para menosprezar o trabalho dos escritores que se recusam a profissionalizar-se.

08 – A grafia de TODAS as palavras está correta na frase apresentada na alternativa:

a)   A proposta do texto soa extravagante para quem não apreciar uma vida simples e natural.

b)   A sujeição a velhas manias impede que se possa adotar comportamentos inovadores.

c)   A vida displicente do homem moderno impõe um ritmo insano à rotina urbana.

d)   A vida mais próxima da Natureza resgata a simplicidade, que empecilhos de toda ordem nos impedem de desfrutar.

e)   A vida natural exclue, é obvio, os desvalores que encluímos no nosso dia-a-dia.

09 – No fragmento retirado do texto de Rubem Braga “Sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o ribeirão”, o emprego da vírgula se justifica por:

a)   Isolar adjunto adverbial quando antecipado na frase.

b)   Destacar termos com função sintática diversa.

c)   Enfatizar palavras repetidas ainda que necessárias.

d)   Destacar as funções de vocativo e de aposto.

e)   Separar termos que exercem a mesma função sintática.

10 – A alternativa que contém uma palavra formada exatamente pelo mesmo processo pelo qual se obteve “seringueiro” é:

a)   Cigarros.

b)   Desarrumação.

c)   Penumbra.

d)   Reconhecimento.

e)   Simplicidade.

 

 


sexta-feira, 24 de julho de 2020

MÚSICA(ATIVIDADES): LUÍZA - TOM JOBIM - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Luíza

                                                     Tom Jobim

Rua
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a Lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer, Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração

Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de Sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luíza
Luíza

Composição: Antônio Carlos Jobim.

Entendendo a canção:

01 – Indique a opção que apresenta uma afirmação correta:

a)   Antônio Carlos Jobim apresenta grandes influências da literatura ocidental em seus versos, já que os mesmos são inspirados na produção poética Greco-parnasiana.

b)   Esta é uma composição escrita nos moldes camonianos de Os Lusíadas, que descreve a paisagem, a fauna e flora, os costumes e tradições do indianismo.

c)   O autor Antônio Carlos Jobim, sofre a forte influência poética de Lord Byron e Musset, que também é conhecida como influência da Geração de Orpheu.

d)   O lirismo amoroso constitui a fonte de todo o lirismo europeu e, consequentemente, brasileiro, percebendo-se a sua influência ainda hoje, como vemos nesta canção de Antônio Carlos Jobim.

02 – De que fala esta canção?

      O fio condutor é o amor não correspondido.

03 – Que verso expõe a frieza de Luíza?

      “Eu sei que embaixo dessa neve mora um coração”.

04 – O que o eu lírico diz neste verso: “O teu desejo é sempre o meu desejo”?

      O eu lírico diz que ainda não tem vontades próprias já que o desejo de Luíza é sempre o desejo dele.