domingo, 9 de fevereiro de 2020

POEMA: BRINQUEDOS - ELZA BEATRIZ - COM GABARITO

Poema: Brinquedos
          
   Elza Beatriz

Eu fiz de papel dobrado
Um barquinho e naveguei.

Fiz um chapéu de soldado
e soldadinho – marchei.

Fiz avião, fiz estrela
embarquei dentro – voei.

Agora fiz um brinquedo
– o melhor que já brinquei –
guardei num papel dobrado
o primeiro namorado
(o seu nome, eu inventei...)
                                                               Elza Beatriz
Fonte: Livro: Português Linguagens – 6º ano – São Paulo: Atual, 2002. p. 209-10.

Entendendo o poema:

01 – Observe estas palavras do poema: naveguei e marchei. Que semelhança há entre elas?
      O som semelhante no final.

02 – Essas palavras, por apresentarem sons semelhantes, rimam entre si. Conclua: O que é rima?
      É a igualdade ou semelhança de sons do final de palavras.

03 – Destaque do poema “Brinquedos” palavras que rimam com naveguei e com dobrado.
      Naveguei: marchei, voei, brinquei, inventei.
      Dobrado: soldado, namorado.

CONTO: O BISAVÔ E A DENTADURA - SYLVIA ORTHOF - COM GABARITO

Conto: O bisavô e a dentadura
             Sylvia Orthof 

        Eu ouvi esta história de uma amiga, que disse que isso aconteceu, de verdade, em Montes Claros, Minas Gerais.
        Para contar a história, é preciso imaginar uma velha fazenda antiga. Dentro da fazenda, uma vetusta (socorro, que palavrão!) mesa colonial, muito comprida, de jacarandá, naturalmente. Em volta da mesa, tudo que mineiro tem direito para um bom almoço: tutu, carne de porco, linguiça, feijão-tropeiro, torresminho, couve cortada bem fina... e nem posso descrever mais, porque já estou com excesso de peso, só de pensar: hum, que delícia!
        A família era enorme e comia reunida, em volta da toalha bordada: pai, mãe, avó, avô, filhos, netos, sobrinhos, afilhados, a comadre que ficou viúva, a solteirona que era irmã da vó da Mariquinha... e o bisavô Arquimedes. O bisavô Arquimedes usava dentadura.
        Naturalmente, cada integrante tinha a sua frente o seu saboroso prato de tutu, couve, torresmo, feijão-tropeiro, carninha de porco, linguiça, etc. e tal. E todos mastigavam e repetiam porque a fartura, ali, em Montes Claros, naquele tempo, era um espanto, de tanta! E cada um, evidentemente, tinha o seu copo. Pois os copos e o bisavô Arquimedes, diariamente, sofriam a seguinte brincadeira:
        -- Toninho, ocê vai beber desse copo ai, na sua frente? Olha que o bisavô deixou a dentadura dele de molho, bem no seu copo, Toninho, na noite passada!
        -- Num foi no meu, não: foi no copo da Maroca! O bisavô deixou a dentadura dentro do copo da Maroquinha!
        -- Ó gente, num brinca assim que eu fico cum nojo, uai!
        O velho bisavô Arquimedes ouvia, sorria, mostrando a dentadura.
        Quando chegava o doce de leite, o queijinho, a goiabada e uma tal de sobremesa que tem o nome de "mineiro de botas", que tem queijo derretido, banana, canela, cravo, sei lá mais que gostosuras, o pessoal comia, comia. E depois de comer tanto doce, a sede vinha forte, e a chateação começava, ou recomeçava, ou não terminava.
        -- Tia Santinha, não beba do copo da dentadura do bisavô, cuidado! Tenho certeza de que a dentadura ficou no seu copo, de molho, a noite inteira!
        O bisavô ouvia e ia mastigando, o olhinho malicioso, nem te ligo para a brincadeira, comendo a goiabadinha, o "mineiro de botas", o doce de leite, o queijinho... e mexendo a dentadura pra lá e pra cá, pois a gengiva era velha e a dentadura já estava sem apoio, Mas o bisavô tinha senso de humor... e falava pouco. O pessoal cochichava que ele era mais surdo do que uma porta. Bestagem, porque se existe coisa que não é surda, é porta: mesmo fechada, deixa passar cada coisa...
        Um dia, de repente, o bisavô apareceu sem a dentadura. E como todos perguntaram para ele o que tinha havido, o velho Arquimedes sorriu, um sorriso banguela dizendo:
        -- Ôces tavam pertubando demais, todos com nojo dela, resolvi não usar, uai!
        Aí, a família ficou sem jeito, jurando que não iria falar mais da dentadura, que tudo fora brincadeira, que todos adoravam o velho Arquimedes, que ele desculpasse.
        -- Tá desculpado, num tem importância. Eu já tava me aborrecendo com a história, mas tão desculpados. Mas até que tô achando bom ficar banguela: vou comer tutu e sopa... e doce de leite mole, ora!
        A família insistiu, pediu perdão, mas o bisavô botou fim à conversa, dizendo:
        -- Ocês num insista. Resolvi e tá resolvido. O dia que eu deixar de resolver, boto a dentadura outra vez!
        E passaram-se vários dias. Ninguém mais fazia a brincadeira do copo. De vez em quando, o bisavô lembrava:
        -- Tô sentindo falta...
        -- Da dentadura, bisavô?
        -- Não, da traquinagem de ocês... ninguém tá com nojo de beber água no copo, né?
        -- Ora, o senhor não deve levar a mal, foi molecagem, a gente não faz mais, pode usar a dentadura, bisavô.
        Um dia, de repente, o bisavô voltou a usar a dentadura. Todos na mesa se cutucaram e começaram a rir, muito disfarçado, quando bebiam água, pensando... sem dizer, pois haviam prometido.
        Depois da sobremesa, boca pedindo água depois de tanto doce caseiro, o velho Arquimedes disse:
        -- Ôces tão bebendo tanta água, sem nojo...
        -- Bisavô, era brincadeira!
        -- Eu também fiz uma brincadeira: durante todo esse tempo que fiquei banguela, minha dentadura ficou de molho, dentro do FILTRO!

                               ORTHOF, Sylvia et al. Quem conta um conto? São Paulo, FTD, 2001, v. 2 p. 53-58. (Coleção Literatura em minha casa).
Fonte: Projeto Teláris – Português – 6° ano – Editora Ática – p. 21-4.
Entendendo o conto:

01 – Nos parágrafos iniciais do conto ficamos conhecendo a família em torno da qual os fatos vão acontecer. Como essa família é apresentada?
      É uma família grande: pai, mãe, avô, avó, netos, sobrinhos, bisavô, afilhados, comadre, que sempre faz as refeições reunida.

02 – Qual era a chateação que as pessoas da família faziam com o bisavô? Como ele reagia?
      Os familiares faziam uma brincadeira com a dentadura do bisavô, perguntando um ao outro em qual dos copos da mesa, que eram usados para beber água, ele tinha deixado sua dentadura de molho durante a noite. O bisavô ouvia, sorria e parecia não se importar.

03 – Complete no caderno a frase a seguir com as palavras e expressões adequadas ao comportamento de cada um.
        Ouvia – cochichava – falava pouco – falava muito – brincava – sorria.
        Quando estava em volta da mesa, a família cochichava, falava muito e brincava, enquanto o bisavô ouvia, falava pouco e sorria.

04 – Por causa das brincadeiras, o bisavô decidiu não usar mais a dentadura. Que sentimento a atitude do bisavô provocou na família? Transcreva do texto uma frase que comprove sua resposta.
      Sentimento de culpa. “A família ficou sem jeito” / “Insistiu, pediu perdão” / “Ninguém mais fazia a brincadeira do copo”.

05 – Releia: “Um dia, de repente, o bisavô voltou a usar a dentadura”. Responda:
a)   Qual foi o comportamento da família?
Todos se cutucaram e começaram a rir, disfarçados, sem dizer nada.

b)   Qual foi a provocação do bisavô logo em seguida?
Ele disse que também tinha feito uma brincadeira: Contou que a dentadura havia ficado de molho dentro do filtro.

06 – Explique o que torna esse conto divertido.
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: O humor está no fato de, ao fazer a brincadeira, o bisavô surpreender a todos, dando a entender que, depois de tanta chateação pela qual tinha passado, ele finalmente “se vingara” de forma criativa, já que todos teriam tomado a água do filtro em que teria ficado mergulhado a dentadura.

07 – No conto, a família fazia uma brincadeira com o bisavô Arquimedes. A atitude da família desrespeitou o bisavô? Conversem e justifiquem suas opiniões.
      Resposta pessoal do aluno.

08 – E como são tratados, no dia-a-dia, os idosos com os quais você convive?
      Resposta pessoal do aluno.

09 – No conto: “O bisavô e a dentadura”, há diferentes palavras utilizadas como sinônimas de brincadeira. Entretanto, leia o que o dicionário traz sobre cada uma dessas palavras:
Brincadeira: Passatempo, entretenimento, divertimento...
Chateação: Ação ou efeito de chatear.
Chatear: Aborrecer, irritar, amolar...
Molecagem: Ação de moleque, molecada...
Traquinagem: Traquinice, traquinada.

Em sua opinião, qual das palavras é mais apropriada para o que a família fazia com o bisavô? Por quê? justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

10 – Releia a frase: “... a fartura, ali, em Montes Claros, naquele tempo, era um espanto...”. A palavra espanto pode significar: algo assustador; algo surpreendente; admiração, medo. Com qual significado a palavra foi utilizada nessa frase?
      Admiração e surpresa.

11 – Releia: “O pessoal cochichava que ele era mais surdo do que uma porta. Bestagem, porque se existe coisa que não é surda, é porta: mesmo fechada, deixa passar cada coisa...”. Nesse trecho, há dois usos da linguagem popular: bestagem e mais surdo que uma porta. Responda:

a)   Que palavra poderia substituir bestagem?
Possibilidades: besteira, bobagem, asneira.

b)   Como você explica a afirmação do narrador de que a porta não é surda?
Resposta pessoal do aluno.


REPORTAGEM:À MEIA-NOITE LEVAREI SEU SONO - IURI DE CASTRO TÔRRES - COM GABARITO

Reportagem: À meia-noite levarei seu sono

 
  NA VOLTA ÀS AULAS, TEENS RELUTAM EM LARGAR A INTERNET E IR PARA A CAMA                                                      
 IURI DE CASTRO TÔRRES

    Com poucas variações, a história é a mesma. "Pareço um zumbi", "É difícil voltar à rotina", "Dormia às 5h e acordava às 13h" etc.
  É, voltar ao ritmo escolar, com intermináveis aulas que começam antes das 8h, enquanto o dia brilha lá fora e sua cama chama, não é mole.
        Mas quem são os inimigos da rotina saudável de sono dos teens? A resposta é fácil: a internet, o celular e, é claro, a internet no celular.
        "Essa geração está cada vez mais conectada", diz Silvana Leporace, coordenadora de orientação educacional do colégio Dante Alighieri. "Dormem com o celular ao lado e ficam trocando mensagens com os amigos."
        Para Cristiano Nabuco, coordenador do programa de dependentes de internet do Instituto de Psiquiatria da USP, "os adolescentes espirram do controle dos pais." "Eles não dormem, a internet é um apelo muito forte."
        Segundo Silvana, isso atrapalha o aprendizado, pois a fixação do conteúdo ocorre durante o sono.
        Matheus Monteiro, 17, de Santos (SP), por exemplo, é um madrugador confesso. "Nas férias, ia até as 6h fácil, fácil", conta. Como é professor de informática, o garoto passa horas fuçando novas ferramentas on-line.
        Como agora tem de pular da cama às 6h30 da madrugada, demora a acordar "de verdade". É a mesma situação de Guilherme Bighetti, 16, de São Paulo, que "zumbiza" durante as primeiras aulas do dia. "Tenho que jogar água gelada na cara."
        A técnica para disfarçar as olheiras é a maquiagem, e a estratégia para espantar os bocejos é música alta no caminho para a escola. Ainda assim, eles dificilmente escapam de um cochilo em aula.
        Também é comum tentar compensar, aos sábados e domingos, as horas de sono perdidas. É quando os teens "hibernam". Stefanie Egedy, 15, dorme até depois do almoço. "Vale a pena", atesta.
        "Sento em frente ao computador e esqueço da vida, nem vejo o tempo passar", diz Brenda Amanda, 16.
        A impressão do tempo "voar" faz sentido do ponto de vista científico. Segundo Nabuco, o córtex pré-frontal, parte do cérebro que controla os impulsos e é sede da razão e do conhecimento, ainda não é totalmente desenvolvido nos adolescentes.
        Por isso, de acordo com o médico, é mais difícil saber a hora de desconectar e ir contar carneirinhos para dormir no mundo real.

         "Internet não é inimiga, mas precisa de controle", diz médico DE SÃO PAULO

        Para Cristiano Nabuco, coordenador do programa de dependentes de internet do Instituto de Psiquiatria da USP, a internet não é uma inimiga, mas é necessário controlar seu uso.
        Três sinais de que a rede está atrapalhando a sua vida são: você esconde o número de horas que fica conectado, fica apreensivo de ir a lugares sem internet e deixa de fazer atividades cotidianas, como esportes ou sair com os amigos, para ficar on-line.
        "Não dá para ficar acordado a noite toda e não conseguir levantar de manhã", diz.
        Segundo Gustavo Moreira, pediatra e pesquisador do Instituto do Sono, o ser humano foi feito para dormir no escuro, e a luz do computador e da TV confundem tudo.
        "A luminosidade age no centro de sono do cérebro, responsável por organizar o ciclo de descanso. Ele passa a entender que não escureceu e fica desperto", diz.
        O resultado é mau humor, irritação e pouca concentração nos estudos. (ICT)
                                                          TÔRRES, op. cit. p. 7.
Fonte: Projeto Teláris – Português – 7° ano – Editora Ática – p. 187-9.

Entendendo o texto:

01 – O texto da reportagem traz informações sobre teens. Responda:
a)   Quem são os tens?
São os adolescentes que usam a internet.

b)   Onde vivem os tens da reportagem?
Na cidade de São Paulo.

c)   Quando acontecem os fatos narrados?
Na atualidade (ano da reportagem: 2011).

d)   Por que para esses tens é muito difícil voltar para o ritmo escolar?
Porque todos tem de levantar cedo para ir à escola e, como estão acostumados a ficar até de madrugada na internet, fica difícil mudar o hábito ou dormir pouco e acordar cedo.

02 – Como o repórter caracteriza o uso da internet, do celular e da internet no celular por esses teens?
      Para o repórter essa tecnologia é o inimigo da rotina saudável de sono dos jovens.

03 – Por que, segundo Silvana Leporace, o uso excessivo da internet atrapalha o aprendizado dos alunos?
      Porque priva o jovem de horas de sono e é durante o sono que o conteúdo estudado é fixado.

04 – Segundo os depoimentos dos jovens, quais são as estratégias utilizadas para:
·        Acordar mais rápido pela manhã?
Jogar água gelada no rosto.

·        Disfarçar as olheiras?
Usar maquiagem.

·        Espantar os bocejos?
Ouvir música alto.

·        Compensar as horas de sono perdidas durante a semana?
“Hibernar” aos sábados e domingos, isto é, dormir muito nesses dias, até depois do almoço.

05 – Releia a fala de Brenda: “Sento em frente ao computador e esqueço da vida, nem vejo o tempo passar...[...]”.
a)   Que palavra é utilizada na reportagem para traduzir como Brenda sente o tempo quando está diante do computador?
Voar.

b)   Como a ciência explica esse fato?
A parte do cérebro (córtex pré-frontal) que controla os impulsos e é sede da razão e do conhecimento não está totalmente desenvolvida nos adolescentes.

c)   Qual é sua opinião sobre o fato de o adolescente esquecer da vida diante da tela do computador? Com você isso também acontece?
Resposta pessoal do aluno.

06 – A reportagem relata o que dizem Cristiano Nabuco e Gustavo Moreira, especialista que estudam essa dependência da internet.
a)   Em que local essa dependência é estudada por eles?
No programa de dependentes de internet do Instituto de Psiquiatria da USP e no Instituto do Sono.

b)    Por que essa dependência interessa a quem estuda distúrbios do sono?
Porque ficar acordado até tarde usando a internet impede a pessoa de dormir e pode causar distúrbios do sono.

07 – Os especialista citam três sinais como indicadores de que a internet está causando dependência ao usuário. Segundo eles, a pessoa:
·        Esconde o número de horas que fica conectada;
·        Tem medo de ir a algum lugar onde não seja possível acessar a internet;
·        Deixa de fazer atividades do dia a dia, como praticar esportes e sair com os amigos, para ficar na internet.

        Depois de conhecer os critérios dos especialistas, como você se avalia? Poderia ser considerado um dependente da internet? Explique.
      Resposta pessoal do aluno.
     


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

POEMA: POMBO - LEO CUNHA - COM GABARITO

Poema: Pombo
            
   Leo Cunha

O pombo correio
Não gosta de sê-lo.

(Debaixo de um tapete voador. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997.)
Fonte: Livro: Português Linguagens – 6º ano – São Paulo: Atual, 2002. p.195.

Entendendo o poema

    1)   O poeta faz um jogo com duas palavras. Uma é a forma sê-lo e a outra é uma palavra que não aparece no poema. Qual é essa palavra?
Selo.

2)   Na forma sê-lo, o pronome lo representa uma expressão empregada anteriormente. O que o pombo correio não gosta de ser?
Não gosta de ser pombo correio.


ANÚNCIO: APAES DO BRASIL - PROJETO TELÁRIS - COM GABARITO


Anúncio: APAES DO BRASIL


Fonte: Projeto Teláris – Português – 7° ano – Editora Ática – p. 207.

  “A pessoa com deficiência quebra a cultura da indiferença. Tenha coragem de ser diferente.”

Entendendo o anúncio:

01 – Qual é o efeito de sentido do jogo de palavras que há em indiferença e diferente?
      O apelo do anúncio (ter coragem d ser diferente) estimula o leitor a não ser indiferente com as pessoas com deficiência. Muitas vezes elas surpreendem pela superação de suas limitações e fazem “diferente” da expectativa da “cultura da indiferença”.

02 – O que pode significar “cultura da indiferença”?
      Pode significar que as pessoas costumam ficar indiferentes diante das dificuldades enfrentadas por quem tem alguma deficiência.

03 – Nessa frase, o verbo quebra está se referindo ao sujeito (a pessoa com deficiência). Qual é o núcleo desse sujeito?
      Pessoa.

04 – Na frase: “Tenha coragem de ser diferente”, o autor omitiu, isto é, deixou subentendido o sujeito. A que pessoa o verbo se refere?
      Você.

05 – Identifique na frase: “A data mais vibrante para as APAES do Brasil está chegando.”:
a)   O verbo da oração.
Locução verbal: está chegando.

b)   Localize e transcreva o sujeito a que ele se refere.
A data mais vibrante para as APAES do Brasil.

c)   Determine o núcleo desse sujeito.
Data.

REPORTAGEM: SORO CONTRA O EBOLA PODE SER BRASILEIRO - REVISTA ISTO É - COM GABARITO

Reportagem: Soro contra o ebola pode ser brasileiro

Medicina
Soro contra o ebola pode ser brasileiro
        O Instituto Butantan de São Paulo dá os últimos retoques na parceria inédita que fará com o Instituto Nacional da Saúde dos EUA. O objetivo é a produção de um soro contra o ebola – vírus que já matou mais de cinco mil pessoas e contaminou 14 mil.
        Diferentemente do que ocorre com as vacinas que estimulam o organismo a produzir anticorpos, o soro é feito com esses próprios antígenos – mesmo processo da solução contra a raiva, da qual o Butantan é referência mundial.
                                                                    Antônio Carlos Prado e Elaine Ortiz. Revista ISTO É.
Fonte: Projeto Teláris – Português – 7° ano – Editora Ática – p. 157.
Entendendo a reportagem:

01 – Releia a manchete. “Soro contra o ebola pode ser brasileiro”.
a)   De acordo com o texto, o que é ebola?
É um vírus que já matou 5.000 pessoas e contaminou 14.000.

b)   Por que a manchete da notícia diz “pode ser” brasileiro?
Porque não é um fato já acontecido, certo, mas poderá acontecer.

02 – A manchete pode ser considerada atrativa para o leitor? Por quê?
      Sim. Porque fala de um instituto (Instituto Butantan) que já é referência mundial na produção de vacina contra a raiva.

03 – A foto utilizada chama a atenção? Por quê?
      Sim, porque ela complementa a matéria mostrando ao leitor a fachada do instituto.

04 – O que o termo MEDICINA logo acima da manchete indica?
      Indica o assunto de que trata a notícia.

05 – A notícia publicada em revista também precisa conter todos os elementos. Responda:
a)   O quê?
Parceria para produção de soro contra o ebola.

b)   Quem?
Instituto Butantan e Instituto Nacional da Saúde dos EUA.

c)   Onde?
São Paulo / EUA.

d)   Quando?
Em breve.

e)   Por quê?
Produzir um soro contra o ebola.



CARTA: AO NETO QUERIDO - FAUSTO CUNHA - COM QUESTÕES GABARITADAS


CARTA: AO NETO QUERIDO
            
           Fausto Cunha

                Planeta 54, Nebulosa de Messier, 6 de junho de 2854.
Meu querido Totte
          Pousar pela primeira vez num planeta desconhecido é sempre uma emoção nova. E no espaço não há duas emoções iguais. Por isso te digo: sai para o espaço! O espaço é a liberdade, o espaço é o mistério, o espaço é o sonho – as três coisas de que o homem mais precisa.
          A liberdade desenvolve o sistema nervoso, melhora o funcionamento do cérebro. Um ser sem liberdade não evolui.
          O homem também precisa do mistério, do sonho, do movimento em busca de coisas novas, de novos espaços, novos contatos, novas situações. Na Terra nem sequer utilizamos 1% de nossa capacidade de pensar. A monotonia é um veneno. Tira toda a nossa criatividade, o cérebro fica adormecido.
        É por isso que nunca vou às cidades. Tenho a impressão de que estou andando no meio de tristes robôs, de gente que não vive, não sonha, não tem mistério nenhum.
         Digo e repito: vai para o espaço, Totte! Vai logo, antes que alguém te agarre e te prenda numa cadeira ou enfie uma pedra de gelo no teu coração!
         Passar toda a vida como um verme, escondido num buraco, quando há todo esse azul esperando por nós!
                                                            Teu avô, que muito te estima,
                                                                                Argo            
(O lobo do espaço. Rio de Janeiro, Cátedra, 1978.)
Fonte: Português – Linguagem & Participação, 5ª Série- MESQUITA, Roberto Melo/Martos, Cloder Rivas – Ed. Saraiva, 1999, p.8-11.
Estudo do Texto

01 – O texto é uma carta. Sabemos disso porque nele há marcas características, tais como data, local onde foi escrito, evocação (chamada à pessoa a quem se destina a carta), as despedidas e a assinatura (ou nome de quem escreveu a carta).

a - Onde e quando a carta é escrita?
No Planeta 54, na Nebulosa de Messier, em 6 de junho de 2854.

b – Qual é a evocação que aparece na carta?
“Meu querido Totte”.

c – Qual é o assunto da carta?
O avô fala o que pensa sobre a vida na Terra e no espaço.

d – Como é a despedida na carta?
“Teu avô, que muito te estima”.

e – Quem escreve a carta?
Argo, o avô de Totte.

2) Nessa carta, o capitão Argo tenta convencer Totte a fazer algo que julga ser bom para o menino. De que ele tenta convencer Totte e por quê?
O avô tenta convencer Totte a ir para o espaço. Porque, para ele, a Terra é uma prisão e o ser humano.

3) Para convencer o menino, o autor da carta apresenta alguns motivos que julga importantes. Faça uma lista do que é bom quando se vive no espaço e outra do que é ruim quando se vive na Terra.
Na Terra, não utilizamos 1% de nossa capacidade de pensar, o cérebro fica adormecido: nas cidades, as pessoas são tristes e parecem robôs; a Terra parece uma prisão, as pessoas não têm sentimentos. No espaço: é cheio de emoções novas, há liberdade, há mistério, há lugar para o sonho; a liberdade que se tem no espaço para o funcionamento do cérebro e do sistema nervoso.

4) Você acha que o capitão Argo conseguirá convencer o neto? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.