terça-feira, 2 de abril de 2019

FÁBULA: O BURRO E O GRILO - ESOPO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Fábula: O Burro e o Grilo
           Esopo
                                          
  Vinha um burro, certa vez, alegremente a trotar quando parou, de repente, pra ouvir um grilo cantar:
        -- Que canto maravilhoso! Cante outra vez para mim! Eu tudo, tudo faria pra poder cantar assim. “Ele canta muito bem, eu só consigo zurrar. Se eu comesse o que ele come, talvez pudesse cantar”. -- Escute aqui, amiguinho, você, quando está com fome, também gosta de capim? Diga-me: o que você come?
        -- Ora – ora, eu como pouco; isso nem me dá trabalho. Minha comida aqui está: eu me alimento de orvalho.
        -- Só de orvalho... Ó, muito bem! Pois vou comê-lo também.
        E desse dia em diante o coitado do burrinho, de tanto beber orvalho, ficou magrinho, magrinho! E depois tentou cantar, mas só conseguiu zurrar. E o grilo que, nesse instante, do seu galho, tudo ouvia, perguntou:
        -- Que foi que houve? Por que essa gritaria?
        -- Ai, amigo, estou tão fraco, estou magro como o quê de tanto comer orvalho pra cantar como você.
        -- Ora essa, que tolice! Não queira igualar-se a mim! Os burros devem zurrar e devem comer capim. Pois que lhe sirva a lição e que aprenda de uma vez: Cada qual com seu destino, cada qual como Deus fez.

        Moral: Devemos ser o que somos, não imitar o outro.

                                                                                             ESOPO
Entendendo a fábula:
01 – Por que o burro parou no meio do caminho de repente?
      Para ouvir um grilo cantar.

02 – O burro queria muito cantar em vez de zurrar. O que ele imaginou que o grilo usava pra cantar tão bem assim?
      Ele achou que era a comida que o grilo comia.

03 – Qual era o alimento do grilo?
      Ele se alimentava de orvalho.

04 – Como o burro ficou após algum tempo se alimentando só de orvalho?
      Ficou muito magrinho.

05 – Ele conseguiu cantar igual ao grilo? Comente.
      Não. O máximo que conseguiu foi continuar a zurrar.

06 – O que o grilo falou para o burro? Justifique com trecho do texto.
      “-- Ora essa, que tolice! Não queira igualar-se a mim! Os burros devem zurrar e devem comer capim.”   

07 – O que você entendeu desta frase: “Cada qual com seu destino, cada qual como Deus fez.”
      Resposta pessoal do aluno.

08 – Você concorda com a moral da fábula? Qual você acha que deveria ser? Justifique.
      Resposta pessoal do aluno.




TEXTO: PEPITA A PIABA - SOLANGE A. FONSECA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Texto: Pepita a piaba

        Lá no fundo do rio, vivia Pepita: uma piaba miudinha.
        Mas Pepita não gostava de ser assim. Ela queria ser grande... bem grandona... Tomou pílulas de vitamina... Fez ginástica de peixe... Mas nada... Continuava miudinha.
        --- O que é isso? Uma rede?
        Uma rede no rio! Os pescadores!
        Ai, ai, ai... Foi um nada-nada...

        Mas... muitos peixes ficaram presos na rede. E pepita?
        Pepita escapuliu... Ela nadou, nadou pra bem longe dali!

      
                            Contijo, Solange A. Fonseca. Pepita a piaba.
                                                            Belo Horizonte: Miguilim. s. d.
Entendendo o texto:

01 – No trecho “Lá no fundo do rio, vivia Pepita”, a expressão sublinhada dá ideia de:
a)   Causa.
b)   Explicação.
c)   Lugar.
d)   Tempo.

02 – Qual é o título do texto?
      O título do texto é “pepita a piaba”.

03 – Quantos parágrafos há no texto?
      O texto tem 7 parágrafos.

04 – Quem é pepita?
      Pepita é uma piaba miudinha.

05 – Onde vivia a pepita?
      Pepita vivia no fundo do rio.

06 – Qual era o sonho de pepita?
      Pepita queria ser grande, bem grandona...

07 – O que pepita fez para realizar seu sonho? qual foi o resultado?
      Pepita tomou pílulas de vitamina...fez ginástica de peixe ...mas nada...continuava miudinha.

08 – O que aconteceu, com pepita, quando apareceu uma rede no rio?
      Ela escapuliu, nadou e nadou para bem longe dali.



segunda-feira, 1 de abril de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): JANAÍNA - BIQUÍNI CAVADÃO - COM QUESTÕES GABARITADAS

Música(Atividades): Janaína

                    Biquíni Cavadão

Janaína acorda todo dia às quatro e meia
E já na hora de ir pra cama, Janaína pensa
Que o dia não passou
Que nada aconteceu

Janaína é passageira
Passa as horas do seu dia em trens lotados,
Filas de supermercados, bancos e repartições
Que repartem sua vida

Mas ela diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Ela diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Se Deus quiser

Janaína é beleza de gestos, abraços,
Mãos, dedos, anéis e lábios,
Dentes e sorriso solto
Que escapam do seu rosto

Janaína é só lembrança de amores guardados
Hoje é apenas mais uma pessoa
Que tem medo do futuro
Que aconteceu?
Se alimenta do passado

Mas ela diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Mas ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Se Deus quiser

Já não imagina
Quantos anos tem
Já na iminência
De outro aniversário

Janaína acorda todo dia às quatro e meia
Já na hora de ir pra cama, Janaína pensa
Que o dia não passou
Que nada aconteceu.
                                                 Composição: Álvaro / Bruno / Coelho / Miguel / Sheik.
Entendendo a canção:
01 – A canção composta nos anos 90 retrata o quê?
      Retrata a dura rotina de uma mulher da classe baixa que precisa trabalhar para sobreviver.

02 – Retire versos da canção que retratem essa realidade.
      “... acorda todo dia às quatro e meia”; “Passa as horas do seu dia em trens lotados, / Filas de supermercados, bancos e repartições.”

03 – Você acredita que essa dura realidade fez com que a personagem se transformasse em uma pessoa desiludida?
      Resposta pessoal do aluno.

04 – Leia os seguintes versos:
        “Hoje é apenas mais uma pessoa
         Que tem medo do futuro
         Que aconteceu?
         Se alimenta do passado.”
        Que tipo de sentimentos a voz narradora expressa sobre a personagem feminina?
      Otimista sobre o futuro, embora não acredita em grandes mudanças. Se sente consumida pela rotina cansativa da mulher de classe baixa.
05 – Copie do texto um substantivo próprio.
      Janaina.
06 – Que outro título você daria à música? Por quê?
      Mulher brasileira. Em nosso país a maioria das mulheres de classe baixa que trabalham é o único ganho da família.

07 – Quantas estrofes existem no texto? E quantos versos, no geral?
      Há oito estrofes e 43 versos.

08 – Copie do texto um exemplo de numeral, classificando-o: 
      Quatro e meia – numeral cardinal.

09 – O refrão: “Mas ela diz
                       Que apesar de tudo ela tem sonhos
                       Mas ela diz
                       Que um dia a gente há de ser feliz
                       Se Deus quiser...”

        Terminando com reticências e repetindo ao longo da canção, pode ser considerado como um objetivo traçado pela personagem e algo que ela está trabalhando para conquistar?
      Sim, quando se usa reticências marcam uma suspensão da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional, para indicar continuidade de uma ação ou fato.

10 – Que mensagem a música lhe transmitiu? Comente:
      Resposta pessoal do aluno. 

11 – Que conselho ou recado você mandaria para a Janaína? 
      Resposta pessoal do aluno.


POESIA: A CAMINHO DE CASA - ANA TORTOSA - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poesia: A CAMINHO DE CASA

A caminho de casa
havia um banco
onde os velhos se sentavam
ao sol nas tardes mornas de primavera.

A caminho de casa
havia uma caixa de correio
que abrigava as cartas de amor.

A caminho de casa
havia um parque
repleto de crianças, brincadeiras e liberdade.

A caminho de casa
havia uma escola toda branca
que cheirava a livros e lápis de cor.

A caminho de casa
havia uma árvore
e, nela, um ninho de pássaros.

A caminho de casa
havia uma fonte
que matava nossa sede nos dias de verão.

Agora minha casa está em ruínas.
Destruíram o caminho que levava até ela.

Não há mais bancos nem tardes de primavera.
Não há mais caixas de correio nem cartas de amor.
O parque desapareceu, mas a inocência, não.

Nunca mais verei aquela escola toda branca, os lápis de cor, os livros.
Nunca mais aquela árvore nem seu ninho de pássaros.
Nunca mais verei aquela escola toda branca, os lápis de cor, os livros.
Nunca mais aquela árvore nem seu ninho de pássaros.
Não poderemos matar nossa sede na mesma fonte.
Eu pensava que a realidade era apenas um pesadelo,
mas as lágrimas tiraram toda a poeira de meus olhos.

O caminho de casa
agora é um lugar de escombros,
de dor, de vazio, de silêncio.

Algum dia
há de haver, novamente
um caminho que leve a alguma casa.

Nele haverá um banco,
uma caixa de correio,
um parque,
uma escola,
uma árvore,
uma fonte…

E voltaremos a nos sentir livres,
ainda que sem entender
tudo o que aconteceu.
                                                        Ana Tortosa
Entendendo a poesia:

01 – Nas primeiras seis estrofes do poema, a menina descreve:
(   ) A guerra que assolou o caminho de casa da menina
(X) O caminho que a menina fazia de sua casa até a escola, o parque, entre outros lugares.
(   ) Como era sua vida antes da guerra.

02 – Quais versos do poema indicam a mudança no caminho de casa da menina?
      “Agora minha casa está em ruínas. Destruíram o caminho que levava até ela.”

03 – Depois da guerra como ficou o caminho de casa da menina?
     “O caminho de casa agora é um lugar de escombros, de dor, de vazio, de silêncio.”

04 – Qual o sentimento que transparece nas palavras da menina ao descrever como ficou o caminho de casa após a guerra?
      Na resposta, o aluno deverá perceber e comentar sobre a tristeza e desolação nas palavras da menina.

05 – Explique o que a menina quis dizer com os versos: “E voltaremos a nos sentir livres, ainda que sem entender tudo o que aconteceu.”
      Na resposta, o aluno deverá perceber que apesar da guerra e da tristeza da menina, ela ainda tem esperança de dias melhores.


POEMA: PEQUEI, SENHOR... GREGÓRIO DE MATOS - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: PEQUEI, SENHOR....
                
           Gregório de Matos

Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
de vossa alta clemência me despido;
porque quanto mais tenho delinquido,
vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
a abrandar-vos sobeja um só gemido:
que a mesma culpa, que vos há ofendido,
vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma orelha perdida e já cobrada,
glória tal e prazer tão repentino
vos deu, como afirmais na sacra história,
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
perder na vossa ovelha a vossa glória.

 Gregório de Mattos. Do livro: "Livro dos Sonetos", LP&M Editores, 1996, RS
 
Entendendo o poema:
01 – Na primeira estrofe, o eu lírico declara que:
a)   Não se considera um pecador, por isso acha justo esperar o perdão de Deus.
b)   Não espera o perdão divino por ser um grande pecador.
c)   Está empenhado em receber o perdão divino, pois acha que faz jus a ele.
d)   Espera a piedade divina, pois, embora seja um grande pecador, sabe que Deus se empenha em salvá-lo.
e)   Deve receber o perdão divino porque pecou bastante, já que Deus se empenha apenas em perdoar os grandes pecadores.

02 – Na segunda estrofe, o eu lírico:
a)   Reconhece que tem sofrido com os pecados que cometeu.
b)   Declara que a ira de Deus se abranda ao saber dos pecados dos homens.
c)   Afirma que o arrependimento do pecador abranda a ira de Deus.
d)   Declara não ter certeza de que Deus está irado com ele.
e)   Mostra-se surpreso com o fato de um pecado causar tanta ira em Deus.

03 – Portanto, nas duas primeiras estrofes, o eu lírico:
a)   Não manifesta esperança na salvação.
b)   Sabe que Deus não o considera um pecador.
c)   Já se considera salvo por não ser um pecador.
d)   Confia em que Deus tem interesse em salvar um pecador.
e)   Reconhece que, por ter pecado bastante, a salvação é impossível.

04 – Nos tercetos, o eu lírico compara seu caso pessoal com um episódio narrado na Bíblia. Essa comparação:
a)   Dá ao eu lírico a certeza de que nunca será perdoado por Deus.
b)   Deixa o eu lírico esperançoso sobre o perdão de Deus.
c)   Faz o eu lírico perceber que perdeu a glória de Deus.
d)   Mostra ao eu lírico que o homem não pode conhecer os desígnios de Deus.
e)   Dá ao eu lírico a certeza de que nunca foi considerado pecador por Deus.

05 – Alguns críticos veem nesse poema uma atitude chantagista porque o eu lírico, na verdade, em vez de implorar o perdão divino, “cobra” esse perdão por meio de um raciocínio apoiado numa passagem da Bíblia. Nesse caso, Deus não teria como escapar: ou perdoa ou entra em contradição com o texto bíblico. Você acha que essa interpretação se justifica? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: Porque o raciocínio feito pelo eu lírico parece ter como consequência inevitável a sua salvação.


06 – Que justificativa utiliza o pecador para não desistir da piedade divina, embora tenha pecado tanto?
      O pecador diz que não desiste da piedade divina porque quanto mais ele peca mais Deus fica obrigado a perdoá-lo.

07 – Traduza em outras palavras o argumento apresentado nos versos 5 e 6.
      Um pecado é bastante para provocar a ira divina, mas, em compensação, a mínima demonstração de arrependimento, como um simples gemido, é mais que suficiente para acalmá-la.

08 – Que explicação paradoxal o sujeito lírico dá nos versos 7 e 8?
      Ele diz que a ofensa a Deus já é, por si mesma, um agrado para conseguir o perdão.

09 – O pecador exibe, nos tercetos, suas qualidades de advogado, procurando provar os argumentos paradoxais utilizados nos quartetos. Para isso, ele cita, em seu favor, as palavras do próprio Cristo, a quem procura convencer.
a)   Qual é a afirmação de Cristo utilizada por ele?
É a afirmação de que uma ovelha perdida (o pecador) dá grande glória ao pastor (a Deus) quando é recuperada.

b)   Qual é o argumento final do pecador?
Deus deve perdoá-lo, se não quiser ter prejuízo em sua glória.



TEXTO: AMOR À PRIMEIRA VISTA - IRACEMA - CAP. II - JOSÉ DE ALENCAR - COM GABARITO

Texto: Amor à primeira vista – Iracema cap. II
             
                                José de Alencar

        Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
        Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
        O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
        Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu?" onde campeava sua guerreira tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
        Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos Escondidos na folhagem os pássaros ameigavam o canto
        Iracema saiu do banho; o aljôfar d'água ainda a roreja, como à doce mangaba que corou em manhã de chuva Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho próximo, o canto agreste
        A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela.  Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome; outras remexe o uru te palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que matiza o algodão.
        Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba-se.
        Diante dela e todo a contemplá-la, está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta. Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
        Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu Gotas de sangue borbulham na face do desconhecido.
        De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada, mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor. Sofreu mais d'alma que da ferida.
        O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.
        A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.
        O guerreiro falou:
        — Quebras comigo a flecha da paz?
        — Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro guerreiro como tu?
        — Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus.
        — Bem-vindo seja o estrangeiro aos campos dos tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de Iracema.

                       ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Moderna.
Entendendo o texto:

01 – “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.” Observe que, para realçar a beleza de Iracema, o autor compara seu corpo a elementos da natureza brasileira. Essa forma de descrever Iracema é usada em outras passagens do texto. Aponte-as.
      Por exemplo: “O favo do jati não era doce como seu sorriso, nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.”

02 – Iracema é colocada num cenário natural de grande beleza, estando perfeitamente integrada nesse meio, pois a própria natureza parece rodeá-la de cuidados e carinhos. Destaque pelo menos uma passagem do texto em que isso se observa.
      “Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre esparziam flores sobre os úmidos cabelos.”

03 – Que fato vem quebrar “a doce harmonia da sesta”?
        A chegada do desconhecido guerreiro branco de estranha aparência.

04 – Como se explica a reação violenta de Iracema?
      Ele sentiu-se ameaçada com a chegada do estranho guerreiro.

05 – Que fato revela o caráter nobre de Martim?
      O fato de não ter reagido; o respeito à mulher foi mais forte que a dor e o impulso de revidar a agressão.

06 – Que gesto de Iracema também revela sua nobreza de caráter?
      O gesto de estancar o sangue que sua flecha fizera correr.

07 – Transcreva fala de Martim em que ele revela ser um inimigo da tribo de Iracema.
      “Venho das terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus.”

08 – O que teria feito com que Iracema se arrependesse de haver atirado a flecha?
      O sentimento expresso no rosto e através dos olhos de Martim.