sábado, 30 de março de 2019

POEMA: SAUDADES - CASIMIRO DE ABREU - COM QUESTÕES GABARITADAS

Poema: Saudades
                Casimiro de Abreu

Nas horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!

Nessas horas de silêncio
De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.

Então — Proscrito e sozinho —
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
— Saudades — Dos meus amores
— Saudades — Da minha terra!
                       ABREU, Casimiro de. As primaveras. Rio de Janeiro: Ediouro.
Entendendo o poema:

01 – As estrofes desse texto são compostas de:
a)   Versos de cinco sílabas (redondilhas menores).
b)   Versos de seis sílabas.
c)   Versos de sete sílabas (redondilhas maiores).
d)   Versos de oito sílabas.
e)   Versos de dez sílabas (decassílabos).

02 – Na primeira estrofe, o eu lírico:
a)   Descreve a beleza do mar à noite, que o estimula a buscar os prazeres do amor.
b)   Destaca a beleza do mar e da lua para realçar a formosura e a vaidade da mulher amada.
c)   Expressa a atração que sente pela noite enluarada à beira do mar, que convida à meditação.
d)   Descreve uma paisagem noturna à beira do mar, que o estimula a meditar na beleza da natureza.

03 – Na segunda estrofe:
a)   O eu lírico faz referência ao sino do campanário para destacar que ele quebra a beleza da noite silenciosa.
b)   O som do sino parece ao eu lírico uma voz solitária que se lamenta no meio da noite.
c)   O eu lírico diz que gosta de ouvir o som do sino, porque ele o enche de mágoa e pavor.
d)   O eu lírico sente-se atraído pelo som do sino, embora esteja tão solitário naquelas horas de silêncio.

04 – Na última estrofe:
a)   A “voz” lamentosa do sino estimula o eu lírico a desabafar seu pranto de saudades dos seus amores e da sua terra.
b)   A “voz” do sino, cheia de mágoa e de dor, acalma as saudades que o eu lírico sente dos seus amores e da sua terra.
c)   A “voz” do sino traz ao eu lírico a lembrança dos dias infelizes, fazendo-o chorar “prantos cheios de dores”.
d)   A “voz” lamentosa e longínqua do sino angustia o eu lírico, que evita pensar nas saudades que sente dos seus amores e da sua terra.



ARTIGO DE OPINIÃO: ÁRVORES RECORDISTAS EM TAMANHO - COM GABARITO


Texto: Árvores recordistas em tamanho

   A maior árvore do mundo é uma sequoia de 112 metros e 7 centímetros de altura, o que equivale a um prédio de 43 andares. Ela está plantada no Parque Nacional Redwood (na Califórnia), nos Estados Unidos.
        A Sequoia Gigante é a maior arvore existente e conhecida em nosso planeta e além disso, é considerado o ser vivo mais antigo do planeta.
        A Sequoia Gigante possui o nome cientifico de Sequoiadendron Gigantea. A Sequoia Gigante pertence à família das plantas Cupressaceae. A família das Cupressaceae é composta por 30 gêneros e 142 espécies, originadas da região temperada. Em geral, as plantas da família Cupressaceae são plantas coníferas, arbóreas ou arbustivas, de cor verde, com folhas simples, verticiladas ou opostas.
        Conforme os registros, a Sequoia Gigante é uma arvore que não cessa o seu crescimento, e algumas das arvores encontradas possuem mais de quatro mil anos. Conforme os registros existentes, já foram encontradas espécies de Sequoia Gigante com 715 metros de altura e 08 metro de diâmetro.
        Atualmente, a mais antiga Sequoia Gigante registrada pelos estudiosos é a que se encontra no Parque Nacional da Sequoia, que fica situado na Califórnia, nos Estados Unidos. Essa Sequoia possui em torno de 4.650 anos e é conhecida pelo nome de General Sherman.
        A General Sherman é tida como a maior arvore existente no mundo em termos de volume, algo em torno de 1500 metros cúbicos. Contudo, em termos de altura a General Sherman não é das plantas mais altas, possuindo em torno de 84 metros (no próprio Parque das Sequoias, existem outras arvores maiores que ela), o que é equivalente a um prédio de 27 andares. A General Sherman possui em torno de 11 metros de diâmetro na base do tronco.
        BONSAI

        Já no Japão existe o cultivo de árvores minúsculas chamadas de bonsais (bon quer dizer vaso e sai significa árvore). Com essa técnica são feitas as menores árvores do mundo, plantadas em vasos, mas com a aparência que teriam se crescessem normalmente. Os menores bonsais variam de 5 a 7 centímetros de altura. Essas minúsculas árvores duram muitos anos e vivem 40% mais tempo do que se estivesse na natureza, pois são muito bem cuidadas.

        Bonsai (japonês: 盆栽, bon-sai) significa "cultivado, plantado em bandeja ou vaso". Ao contrário do que muitos pensam o ideograma não contém a palavra árvore (Ki) 
        Um bonsai precisa ter outros atributos além de simplesmente estar plantado num vaso raso e pequeno. A planta deve ser uma réplica de uma árvore da natureza em miniatura. Deve simular os padrões de crescimento e os efeitos da gravidade sobre os galhos, além das marcas do tempo e estrutura geral dos galhos. Essencialmente é uma obra de arte produzida pelo homem através de cuidados especializados.
        O Bonsai não se trata de uma espécie vegetal específica, mas sim de uma técnica utilizada em árvores com o objetivo de “miniaturizá-la” inspirando-se em formas existentes na natureza. Não há árvore de Bonsai, mas árvores que se transformam pelo processo de Bonsai. Na prática, é a arte de selecionar e transformar árvores que tenham potencial para se assemelhar a uma réplica na natureza.
        Através da observação percebe-se que as árvores têm tendências de comportamento e estilos próprios. Também encontramos uma classificação de estilos de bonsai e formas mais tradicionais baseado no estilo natural das árvores. Suas principais categorias se baseiam principalmente nas formas e no número total de árvores na composição.

     www.webartigos.com/articles/arvores-recordistas-em-tamanho/pagina1
Entendendo o texto:

01 – Qual é o título do texto?
      Árvores recordistas em tamanho.

02 – Explique, por que a sequoia do Parque Nacional Redwood é recordista?
      Porque ela é a maior árvore do mundo.     

03 – Em que país é feito o cultivo de árvores minúsculas?
      É feito no Japão.

04 – Qual é o significado da palavra “bonsai”, de acordo com o texto?
      Bom: quer dizer vaso e sai: significa árvores.    
 
05 – Analise os objetos a sua volta e responda, qual deles têm um tamanho próximo ao dos menores bonsais que existem?
      Resposta pessoal do aluno.

06 – Explique, porque as árvores “bonsais” vivem 40% mais tempo do que se estivesse na natureza?
      Porque são muito bem cuidadas.

07 – Você já viu alguma árvore das mencionadas acima? Teria coragem de subir em uma sequoia? Comente.
      Resposta pessoal do aluno.

08 – De acordo com o texto, qual é o tamanho da maior árvore do mundo?
     Sequoia de 112 metros e 7 centímetros de altura.

09 – E qual é a medida da menor árvore do mundo?
      Os menores bonsais variam de 5 a 7 centímetros de altura.

sexta-feira, 29 de março de 2019

MÚSICA(ATIVIDADES): SOMOS QUEM PODEMOS SER - ENGENHEIROS DO HAWAII - COM GABARITO

Música(Atividades): Somos Quem Podemos Ser
             Engenheiros do Hawaii

Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro, um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro, um disparo para um coração.

A vida imita o vídeo, garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento, um momento de embriaguez
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

Um dia me disseram quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram as chaves que abrem essa prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum

A vida imita o vídeo, garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento, um momento de embriaguez
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram que os ventos às vezes erram a direção
Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter

                         Humberto Gessinger. No disco Ouça o que eu digo, não ouça ninguém. BMG Ariola, 1988.
Entendendo a canção:

01 – Com a expressão “Um dia me disseram”, que se repete várias vezes, o texto contrapõe duas situações vividas pelo eu lírico (a pessoa que fala no texto): uma antes e outra depois desse dia.

a)   Como o eu lírico via o mundo antes desse dia?
O eu lírico via o mundo com um olhar de inocência, como uma criança.

b)   Que expressão do 1° verso, empregada conotativamente, confirma sua resposta anterior?
A expressão do 1° verso empregada conotativamente é: “... Nuvens eram de algodão”; até que alguém disse para ele que não era.

02 – A estrofe-refrão (2ª e 4ª estrofes) faz uma série de críticas.
a)   A quem critica?
Crítica aos diversos termos consumistas e produtos estrangeiros que invadiram a cultura brasileira.

b)   Nos dois últimos versos dessa estrofe, em vez da 1ª pessoa do singular, é empregada a 1ª pessoa do plural. A quem se refere o pronome nós, subentendido?
Refere-se a nós (povo brasileiro) que somos cidadãos ativos que correm atrás dos seus sonhos com honestidade e com consciência do nosso papel na engrenagem social.

03 – Que sentido conotativo tem a expressão “as nuvens não eram de algodão”?
      Aqui o eu lírico da canção está refletindo quanto ao fato da perda da inocência e da ingenuidade.

04 – Que interpretação podemos dar ao verso “Um dia me disseram que os ventos erram de direção”?
      É o momento que ele descobre que certas coisas que ele sempre acreditou ser verdade, não são, ele adquire conhecimento e esse conhecimento o faz perceber a vida de outra maneira. Nem sempre as coisas acontecem como nós imaginamos.

05 – A que “momento de embriaguez” se faz referência, na segunda estrofe?
      Faz referência ao sistema capitalista, a manipulação midiática e ao consumismo exacerbado das pessoas. 

06 – Você acha que há limites na conquista de nossos sonhos? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

07 – A que tipo de prisão o eu lírico se refere?
      Refere-se a uma vida artificial e quase fictícia.

08 – Qual o sentido conotativo na expressão “deram as chaves que abrem essa prisão”?
      As chaves em questão se refere a consciência, a noção da realidade; um despertar da inconsciência.

09 – Segundo você, quem são os “donos da situação”? Justifique a sua resposta:
      Resposta pessoal do aluno.



POEMA: PARDALZINHO - MANUEL BANDEIRA - COM GABARITO

Poema: PARDALZINHO
       
      Manuel Bandeira

O pardalzinho nasceu
Livre. Quebraram-lhe a asa.
Sacha lhe deu uma casa,
Água, comida e carinhos.
Foram cuidados em vão:
A casa era uma prisão,
O pardalzinho morreu.
O corpo Sacha enterrou
No jardim; a alma, essa voou
Para o céu dos passarinhos!

                 BANDEIRA, Manuel. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1982.
Entendendo o poema:

01 – Como o autor nos mostra o valor da liberdade, nesse poema?
      Mostra que somente em liberdade vale a pena viver. Nada substitui a liberdade. O pardalzinho, apesar dos bons tratos e do carinho que lhe deram, não resistiu à prisão e morreu.

02 – O que, na sua opinião, é necessário para tornar uma pessoa feliz? Por quê?
      Resposta pessoal do aluno.

03 – Você acha que o pardalzinho, ao morrer, ficou novamente livre? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

04 – Considerando que o verbo concorda com seu sujeito em número e pessoa, retire do texto três exemplos de concordância verbal e explique-os.
      Sugestões:
      1 – O pardalzinho nasceu: verbo na 3ª pessoa singular, concordando com o sujeito simples (o pardalzinho).

      2 – Quebraram-lhe a asa: verbo na 3ª pessoa plural, concordando com o sujeito simples e indeterminado (eles ou elas).

      3 – O corpo Sacha enterrou: verbo na 3ª pessoa singular, concordando com o sujeito simples (Sacha).

05 – Agora tente explicar a concordância destas frases, lembrando-se de que o verbo, normalmente, concorda com seu sujeito.
a)   O pardalzinho e Sacha eram amigos de verdade.
Verbo na 3ª pessoa plural, concordando com o sujeito composto (o pardalzinho e Sacha).

b)   Tu e Sacha gostais de pardais?
Como o sujeito é composto (tu – 2ª pessoa e Sacha – 3ª pessoa), o verbo fica no plural, prevalecendo a 2ª pessoa.

c)   Vocês amam a liberdade?
O pronome de tratamento vocês é o sujeito e pertence à 2ª pessoa do plural, mas o verbo fica na 3ª pessoa do plural.

d)   A maioria dos seres prefere casa a liberdade?
Verbo no singular, concordando com o núcleo (maioria) do sujeito. Poderia, também, estar no plural, concordando com seres.

06 - O texto 'Pardalzinho' foi escrito em forma de poema. Dê duas características desse texto que mostram que se trata de um poema.
          Presença de versos, e não de parágrafos, presença de rimas.

07- O pardalzinho nasceu livre.
      a) O que aconteceu a ele depois?
          Quebraram-lhe a asa e, provavelmente ficou preso.

      b) Provavelmente, quem é Sacha?
          O dono do pássaro.
        
  08 - O pardalzinho recebeu de Sacha água, comida e carinhos. Porém, isso não foi suficiente para ele ser feliz.
        a) O que faltava ao passarinho? Copie um trecho do texto que comprove a sua resposta.
             Liberdade. "A casa era uma prisão,/O pardalzinho morreu".

       b) Como você se sentiria no lugar do pardalzinho?
           Resposta pessoal.



CRÔNICA: DO AMOR - ARNALDO JABOR - COM QUESTÕES GABARITADAS

CRÔNICA: DO AMOR
                    
      ARNALDO JABOR

      Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
        O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
        Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
        Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
        Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
        Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
        Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
        Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
        Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
        Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
        Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
        É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
        Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
        Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
        Não funciona assim.
        Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
        Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
        Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.
                                                                                Arnaldo Jabor
Entendendo a crônica:

01 – No primeiro parágrafo do texto, encontramos os pronomes indefinidos “ninguém” e “outra” e o pronome pessoal do caso reto “ela”. Classifique-os como pronomes adjetivos ou substantivos, justificando.
·        Ninguém: Pronome substantivo.
·        Outra: Pronome adjetivo.
·        Ela: Pronome substantivo.

02 – No 3º parágrafo, o pronome demonstrativo “isso” refere-se a quê?
      Refere-se ao jeito de cada pessoa.

03 – Segundo o narrador, o verdadeiro amor acontece por quais motivos? Sintetize-os.
      Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
      Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

04 – No 8º parágrafo, na expressão “...um jeito de sorrir que o deixa imobilizado...”, o pronome destacado é pessoal do caso oblíquo. Por qual pronome pessoal do caso reto ele poderia ser substituído?
      O “o” poderia ser substituído pelo pronome pessoal do caso “ele”.

05 – No 9º parágrafo, na frase “...e ainda assim você não consegue despachá-lo ...” o pronome destacado substitui que nome mencionado anteriormente?
      Substitui “Aquele cafajeste”.

06 – O que você entende a partir da expressão “Ah, o amor, essa raposa”. (14º parágrafo).
      Resposta pessoal do aluno. Sugestão: É um sentimento e que pode vir a nos trair.

07 – Por que, afinal de contas e segundo o autor, amamos?
      Porque todo ser humano precisa um do outro.

08 – O que o amor não requer?
      Conhecimento prévio e nem consulta ao SPC.

09 – O que é, segundo o texto, “a contingência maior de quem precisa”?
      É saber pedir, para poder merecer.







ARTIGO DE OPINIÃO: MÍDIA E O CULTO À BELEZA DO CORPO - ORSON CAMARGO - COM GABARITO

ARTIGO DE OPINIÃO: MÍDIA E O CULTO À BELEZA DO CORPO

  Há nas sociedades contemporâneas uma intensificação do culto ao corpo, onde os indivíduos experimentam uma crescente preocupação com a imagem e a estética.
        Entendida como consumo cultural, a prática do culto ao corpo coloca-se hoje como preocupação geral, que perpassa todas as classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso que ora lança mão da questão estética, ora da preocupação com a saúde.
        Segundo Pierre Bourdieu, sociólogo francês, a linguagem corporal é marcadora pela distinção social, que coloca o consumo alimentar, cultural e forma de apresentação – como o vestuário, higiene, cuidados com a beleza etc. – como os mais importantes modos de se distinguir dos demais indivíduos.
        Nas sociedades modernas há uma crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das mídias a partir dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. Não por acaso que foi nesse período que surgiram as duas maiores revistas brasileiras voltadas para o tema: “Boa Forma” (1984) e “Corpo a Corpo” (1987).
        Contudo, foi o cinema de Hollywood que ajudou a criar novos padrões de aparência e beleza, difundindo novos valores da cultura de consumo e projetando imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo inteiro.
        Da mesma forma, podemos pensar em relação à televisão, que veicula imagens de corpos perfeitos através dos mais variados formatos de programas, peças publicitárias, novelas, filmes etc. Isso nos leva a pensar que a imagem da “eterna” juventude, associada ao corpo perfeito e ideal, atravessa todas as faixas etárias e classes sociais, compondo de maneiras diferentes diversos estilos de vida. Nesse sentido, as fábricas de imagens, como o cinema, televisão, publicidade, revistas etc., têm contribuído para isso.
        Os programas de televisão, revistas e jornais têm dedicado espaços em suas programações cada vez maiores para apresentar novidades em setores de cosméticos, de alimentação e vestuário. Propagandas veiculadas nessas mídias estão o tempo todo tentando vender o que não está disponível nas prateleiras: sucesso e felicidade.
        O consumismo desenfreado gerado pela mídia em geral foca principalmente adolescentes como alvos principais para as vendas, desenvolvendo modelos de roupas estereotipados, a indústria de cosméticos lançando a cada dia novos cremes e géis redutores para eliminar as “formas indesejáveis” do corpo e a indústria farmacêutica faturando alto com medicamentos que inibem o apetite.
        Preocupados com a busca desenfreada da “beleza perfeita” e pela vaidade excessiva, sob influência dos mais variados meios de comunicação, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica apresenta uma estimativa de que cerca de 130 mil crianças e adolescentes submeteram-se no ano de 2009 a operações plásticas.
        Evidentemente que a existência de cuidados com o corpo não é exclusividade das sociedades contemporâneas e que devemos ter uma especial atenção para uma boa saúde. No entanto, os cuidados com o corpo não devem ser de forma tão intensa e ditatorial como se tem apresentado nas últimas décadas. Devemos sempre respeitar os limites do nosso corpo e a nós mesmos.

Orson Camargo - Colaborador Brasil Escola. Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP. Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP http://www.brasilescola.com/sociologia/a-influencia-midia-sobre-os-padroes-beleza.htm

Entendendo o texto:
01 – Qual o problema da sociedade atual apresentado no primeiro parágrafo?
      É uma intensificação do culto ao corpo.     

02 – Reescreva o trecho “[...] apoiada num discurso que ora lança mão da questão estética, ora da preocupação com a saúde.”, trocando o conectivo ORA por outro sem alterar o significado do texto.
      “[...] apoiada num discurso que umas vezes lança mão da questão estética, outras vezes da preocupação com a saúde”.

03 – No segundo parágrafo aparece o pensamento do filósofo Pierre Bourdieu. Escreva com suas palavras a ideia apresentada.
      Resposta pessoal do aluno. É a preocupação com o corpo, independente de classes sociais e faixa etária.

04 – O que levou, segundo o texto, ao aparecimento de revistas brasileiras como Boa Forma e Corpo a Corpo?
     Foi a crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos.

05 – “Contudo, foi o cinema de Hollywood que ajudou a criar novos padrões de aparência e beleza, difundindo novos valores da cultura de consumo e projetando imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo inteiro.”. Substitua a palavra destacada por outra, sem alterar o sentido do trecho.
      Pode ser substituída por “Entretanto”.

06 – Segundo o texto, em que o cinema de Hollywood e a televisão se aproximam?
      Eles são os veículos que divulgam as imagens de corpos perfeitos.

07 – Qual a causa de crianças e adolescentes submeterem-se a cirurgias plásticas, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica?
      A busca desenfreada da beleza perfeita e pela vaidade excessiva.

08 – Pode-se perceber que o texto condena todo e qualquer cuidado com o nosso corpo? Justifique sua resposta, retirando do texto a tese.
      No entanto, os cuidados com o corpo não devem ser de forma tão intensa e ditatorial como se tem apresentado nas últimas décadas. Devemos sempre respeitar os limites do nosso corpo e a nós mesmos.


quinta-feira, 28 de março de 2019

POEMA: ESPELHO - ROSEANA MURRAY - COM GABARITO

Poema: ESPELHO
          Roseana Murray


Espelho, espelho meu:
diga a verdade,
quem sou eu?
Se às vezes me estilhaço,
se às vezes viro mil,
se quero mudar o mundo,
se quero mudar o rosto,
se tenho sempre na boca
um gosto de água e de céu,
se às vezes sou tão só
quando me viro do avesso,
se às vezes anoiteço
em plena luz do sol
ou então amanheço
com vontade de voar,
espelho, espelho meu:
diga a verdade,
quem sou eu?

MURRAY, Roseana. Recados do
Corpo e da Alma, São Paulo: FTD,

Entendendo o poema:
01 – Você percebeu que o primeiro verso do poema dialoga com outro texto? Qual?
      Sim. Conto Branca de Neve.

02 – O poema começa com uma dúvida, expressa em uma pergunta. Que palavra é utilizada repetidamente e ajuda a reforçar essa dúvida do eu lírico?
      Quem sou eu?

03 – Indique um trecho do poema em que se perceba o uso figurado da linguagem:
      “Se às vezes me estilhaço,
      Se às vezes viro mil.” 
    
04 – A HIPÉRBOLE é a figura de linguagem que consiste no exagero de uma expressão, para causar um efeito expressivo. Indique uma hipérbole no texto:
      “Quando me viro no avesso.”

05 – Indique, no texto, o uso de ideias opostas. O que esse uso reforça?
      “Se às vezes anoiteço
      Em plena luz do sol.”     

06 – Qual o tema do texto?
      O tema é tentar descobrir quem é o eu lírico.