sábado, 1 de setembro de 2018

FILME(ATIVIDADES): A ERA DO GELO 4 - STEVE MARTINO, MIE THURMEIER - COM SINOPSE E QUESTÕES GABARITADAS

Filme(Atividades): A ERA DO GELO 4

Data de lançamento 29 de junho de 2012 (1h 34min)
Nacionalidade EUA

SINOPSE E DETALHES
        Sempre em busca de sua cobiçada noz, o esquilo Scrat provoca, sem querer, a separação dos continentes. A situação provoca mudanças no terreno de vários locais, entre eles onde os amigos Manny (Ray Romano/Diego Vilela), Diego (Denis Leary/Márcio Garcia) e Siid (John Leguizamo/Tadeu Mello) estão alojados. Um terremoto faz com que o trio fique preso em um iceberg, enquanto que Ellie (Queen Latifah/Carla Pompílio) e a pequena Amora (Keke Palmer/Bruna Laynes) permanecem no continente. Em alto mar, Manny promete que irá encontrá-las a qualquer custo, mas para tanto precisará enfrentar perigosos piratas e o canto das sereias.

Entendendo o filme:
01 – Qual o nome da tigresa por qual Diego se apaixona?
a)   Kiana.
b)   Nala.
c)   Shira.
d)   Vitani.
e)   Diego não se apaixona por ninguém.

02 – Qual o nome do macaco pirata?
a)   Capitão entranha.
b)   Barba negra.
c)   Capitão gancho.
d)   Barba azul.
e)   Não existe um macaco pirata.

03 – No filme A Era do Gelo 4, Manny tem uma filha. Qual é o nome dela?
a)   Morango.
b)   Uvinha.
c)   Amora.
d)   Cereja.
e)   Abacaxi.

04 – No filme “A Era do Gelo 4”, um animal é usado como bandeira. Que animal ele é?
a)   Texugo.
b)   Guaxinim.
c)   Doninha.
d)   Garça.
e)   Gambá.

05 – Enquanto Diego, Sid, Manny e a vovó estão no pedaço de gelo que animal aparece durante a tempestade?
a)   Tubarão.
b)   Gigante.
c)   Foca.
d)   Urso polar.
e)   Caranguejo gigante.

06 – No final do filme, os personagens vão parar em um ilha na qual tem uma estátua de porquinho da índia, com o que a estátua se parece?
a)   Cristo Redentor.
b)   Buda.
c)   Mickey.
d)   Estátua da liberdade.
e)   Snoopy.

07 – Que animal é o melhor amigo de Amora?
a)   Ouriço.
b)   Toupeira.
c)   Mamute.
d)   Esquilo.
e)   Porco espinho.

08 – Quando Shira deixa de ser imediata, que animal assume o lugar dela?
a)   Gaivota.
b)   Javali.
c)   Canguru.
d)   Elefante marinho.
e)   Coelho.

09 – Quando os porquinhos da índia vão atacar os piratas, eles voam montados em quê?
a)   Gaivota.
b)   Vassoura.
c)   Pterodáctilos.
d)   Folhas.
e)   Morcegos.

10 - Os pais de Sid querem se livrar de quem?
a)   Do vovô.
b)   Do titio.
c)   Da titia.
d)   Do irmão.
e)   Da vovó.

CONTO: O DOUTOR SARACURA - SÉRGIO AUGUSTI TEIXEIRA - COM GABARITO


Conto: O DOUTOR SARACURA

        Anda que anda, Pedro Malasarte chegou a uma cidade onde o maior edifício era o hospital. Havia para mais de trezentos enfermos ali internados, cada um deles padecendo dos mais variados males.
        Pedro Malasarte matutou um pouco e foi procurar o diretor do hospital.
        — Não há mais lugar – foi lhe dizendo este ao vê-lo entrar, com medo que fosse mais um doente.
        Realmente, velho e cansado, o doutor Pulsação já não conseguia dar contar de tantos enfermos. E estava ficando difícil arranjar comida e roupa lavada para toda aquela gente. É que mais da metade era de espertalhões que se fingiam de doentes para comer e beber de graça.
        — Meu bom colega – disse Pedro Malasarte. – Imagine que soube das suas dificuldades e viajei de muito longe para ajudá-lo. Meu nome é doutor Saracura e já acabei com muitas epidemias. Pela módica importância de duzentas moedas prometo esvaziar seu hospital amanhã ao meio-dia.
        O velho diretor ficou exultante. Estava mais do que barato. O grande médico estrangeiro ia pôr toda aquela gente na rua, curada!
        Havia muitos doentes de verdade, aleijados, paralíticos, loucos... Mas Pedro Malasarte deu um jeito de se aproximar de um por um, sempre com a pose de um grande doutor, e, fingindo examiná-los dizia-lhes no ouvido:
        — Homem, quem não estiver em condições de sair correndo pela porta da rua amanhã ao meio-dia, será torrado para se preparar um xarope para os outros.
        Mesmo os que estavam em pior estado – e até os loucos – compreenderam muito bem suas palavras e arregalaram os olhos. E todos trataram de preparar suas trouxas para escapulir dali logo que pudessem.
        No dia seguinte, Pedro Malasarte mandou abrir de par em par os portões do hospital.
        Então subiu até a enfermaria, junto com o doutor Pulsação, e bradou:
        — Quem se sentir curado pode sair correndo pelo portão!
        Não ficou um só doente na cama. Todos, sem exceção, dos que tinham bronquite a dor de cabeça, pularam do leito e, com a trouxa nas costas, trataram de dar o fora com quantas pernas tinham. E os que não tinham pernas ou eram paralíticos arranjaram quem os carregasse.
        O doutor Pulsação ficou boquiaberto com aquele milagre. Em poucos minutos o hospital ficou deserto. O único paciente que permaneceu deitado foi o que morrera de noite e por isso mesmo não podia se levantar.
        Pagou ao extraordinário médico estrangeiro as duzentas moedas pedidas, ao que este se despediu:
        — Tenho muito que fazer em outras terras.
        Passou-se uma semana na mais perfeita paz. O doutor Pulsação nunca tivera tanto sossego. Então, meio ressabiados, começaram a voltar os doentes. Mas só os doentes de verdade, que não se aguentavam em pé. Os outros, os aproveitadores, resolveram ficar longe do hospital onde se torrava gente para fazer remédio...

TEIXEIRA. Sérgio Augusti. As aventuras de Pedro Malasarte.
Rio de Janeiro, Ediouro.
Entendendo o conto:
01 – Substitua as palavras destacadas nas orações por outras de mesmo sentido.
a)   “... cada um deles padecendo dos mais variados males.”
“... cada um deles sofrendo dos mais variados males.”

b)   “O velho diretor ficou exultante.”
“O velho diretor ficou alegre, jubiloso.”

c)   “Pela módica importância de duzentas moedas prometo esvaziar seu hospital.”
“Pela insignificante importância de duzentas moedas prometo esvaziar seu hospital.”

d)   “Então subiu até a enfermaria junto com o doutor Pulsação, e bradou:”
“Então subiu até a enfermaria junto com o doutor Pulsação, e falou.”

e)   “Então, meio ressabiados, começaram a voltar os doentes.”
“Então, meio cismados, começaram a voltar os doentes.”

02 – O que mais chamou a atenção de Pedro Malasarte ao chegar à cidade?
      A quantidade de pessoas enfermas internadas no hospital.

03 – É possível identificar o tamanho da cidade? Justifique sua resposta com elementos do texto.
      Sim. “Chegou a uma cidade onde o maior edifício era o hospital.”

04 – Por que algumas pessoas fingiam que estavam doentes?
      Porque podiam comer e beber de graça.

05 – Qual o sentido da expressão “... trataram de dar o fora com quantas pernas tinham”?
      Que saíram o mais rápido possível de dentro do hospital.

06 – Assinale a alternativa que melhor caracteriza a personalidade de Pedro Malasarte e, em seguida, justifique sua resposta.
(A) Caridoso por ajudar o diretor do hospital.
(B) Aproveitador por se aproveitar de uma situação para levar vantagem.
(C) Generoso por prestar serviços comunitários na cidade.
(D) Afetuoso por ajudar a cuidar de doentes em um hospital.

07 – Depois de executado o plano de Pedro Malasarte, o hospital permaneceu vazio por muito tempo? Justifique sua resposta com elementos do texto.
      “Passou-se uma semana na mais perfeita paz.”

08 – Qual é o nome que Pedro Malasarte usou para se apresentar ao diretor do hospital?
      Ele se apresentou como sendo o Doutor Saracura.

09 – Por que os pacientes deixaram o hospital correndo?
      Porque o doutor Saracura, disse aos pacientes que, quem não estiver em condições de sair correndo pela porta, seria torrado para servir de remédio para os outros.

10 – Quando o Pedro Malasarte, subiu junto com o Doutor Pulsação até a enfermaria. O que ele disse aos pacientes?
      “Quem se sentir curado pode sair correndo pelo portão.”

11 – Após o milagre, quem voltou ao hospital?
      Só os doentes de verdade, é que começaram a voltar ao hospital.

12 – A personagem principal Pedro Malasarte representa no texto:
(A) as pessoas que são ludibriadas por outras.
(B) as pessoas que só querem levar vantagens sobre as outras pessoas.
(C) a classe dos médicos que curam doentes.
(D) a classe dos doentes que precisam de atendimentos médicos.

13 – Sobre o espaço da narrativa, é correto afirmar que:
(A) é centralizado em ambientes diretamente ligados a doentes: hospital, farmácia, posto de saúde.
(B) a maior parte do desenvolvimento da narrativa acontece em um hospital de uma cidade pequena.
(C) os lugares por onde “anda que anda” Pedro Malasarte.
(D) não é descrito no conto apresentado.

14 – O conto popular de Pedro Malasarte tem como objetivo:
(A) proporcionar momentos de lazer e diversão na leitura.
(B) apresentar modelos de comportamento.
(C) transmitir valores e concepções próprios da sociedade.
(D) nenhuma das alternativas anteriores.

15 – De acordo com as sequências de ações ou frases descritas, identifique na estrutura do conto a situação inicial, o desenvolvimento, o conflito, a frase indicadora do clímax e o desfecho.
a) “— Quem se sentir curado pode sair correndo pelo portão!”
      Indicadora do clímax.

b) O Hospital estava cheio de espertalhões que se fingiam de doentes para comer e beber de graça.
      O conflito.

c) Pedro Malasarte chega à cidade e observa o hospital.
      Situação inicial.

d) Pedro Malasarte, o Dr. Saracura, faz uma proposta ao diretor do hospital.
      O desenvolvimento.

e) Não ficou um só doente na cama. O Dr. Saracura espantou os espertalhões e apenas os doentes de verdade voltaram ao hospital uma semana depois para serem tratados.
      O desfecho.

16 – Você acredita que existem pessoas como Pedro Malasarte que se aproveitam das situações para levar vantagens sobre as outras pessoas? Justifique sua resposta.
      Resposta pessoal do aluno.

17 – Você já deve ter ouvido vários contos nessa sua “vida escolar”. De qual você mais gostou? Quem lhe contou? Faça um breve comentário sobre a história.
      Resposta pessoal do aluno.








TEXTO: TAREFA DIFÍCIL - LIVRO BEM-TE-LI - COM GABARITO


Texto: Tarefa difícil

        Ainda é cedo quando um jovem entra na fazenda à procura de serviço. Logo é atendido pelo fazendeiro, que lhe dá a primeira tarefa.
     --- Tome este banquinho e este balde. Vá ali naquele galpão e tire o leite da Malhada. É minha vaquinha leiteira.


        --- Certamente, senhor! Vou agora mesmo!
        Bastante animado, lá vai o rapaz.
   Não demora muito e ouvem-se mugidos e gritaria. O rapaz sai apressadamente do galpão segurando o banquinho em uma mão e o balde, sem nenhuma gota de leite, na outra.
        --- O que houve? - Perguntou o fazendeiro.
     --- Senhor, tirar leite da vaca até que é fácil, mas fazer ela sentar no banquinho, não dá mesmo!

                                                    Fonte: Livro Bem-te-li. 4ª série. FTD. p. 98. 54.
Entendendo o texto:

01 – Há traços de humor no trecho:
a) Tome este banquinho e este balde.
b) O rapaz sai apressadamente do galpão.
c) Fazer ela sentar no banquinho, não dá mesmo!
d) É minha vaquinha leiteira.

02 – De acordo com o texto, um rapaz chegou na fazenda procurando emprego, ele conseguiu?
     Ele conseguiu, sua primeira tarefa foi ir no galpão e tirar o leite da Malhada.

03 – Quais objetos o fazendeiro deu ao rapaz?
      Um banquinho e um balde.   

04 – Quem era a Malhada?
      Era a vaquinha leiteira.

05 – Por que o rapaz não conseguiu tirar o leite da Malhada?
      Porque ele tentou fazer a Malhada sentar no banquinho para poder tirar o leite.

06 – Dê onde esse texto foi retirado?
      Do livro Bem-te-li, 4ª série FTD p. 98. 54.
         
                                  



CRÔNICA: BLECAUTE - PAULA PIMENTA - COM GABARITO

CRÔNICA: Blecaute
Fonte da imagem -https://www.blogger.com/blog/post/edit/7220443075447643666/6640315986626458636# 

        “Sabia que a luz elétrica, no Brasil, existe apenas de uns 100 anos pra cá?” 

Essa foi a pergunta que meu professor de violão clássico me fez no meio de um blecaute demorado – culpa de um gerador queimado por algum raio – que fez com que a aula tomasse outro andamento, totalmente improvisado, mas não menos proveitoso.
        Não. Eu nunca tinha pensado nisso. Assim como as crianças do século XXI não sabem o que é viver sem computador, eu também já nasci dependendo da luz elétrica para tudo o que faço. Não me imagino sem o banho quentinho, o refrigerante gelado, o computador, o abajur e tantos outros vícios de conforto que nem percebemos que só existem por causa da eletricidade.
        É certo que, em tempos de racionamento, lembramos o tempo todo de reduzir seu consumo, mas, ficar totalmente sem ela, jamais. Duvido que algum torcedor fanático deixe de acompanhar o Brasileirão no rádio ou na televisão. Duvido também que no friozinho matinal alguém se atreva a tomar um banho gelado. E eu, confesso, não deixo de ligar meu secador de cabelo nem de usar a internet, e me recuso a sair com a roupa amarrotada… A energia elétrica, realmente, é essencial.
        Mas, além dos benefícios da luz, a pergunta do meu professor me fez pensar em como as pessoas de 100 anos atrás viviam. Aposto que o que parece impossível para nós elas tiravam de letra. A paciência e o tempo eram muito maiores. E o romantismo também.
        Para se mandar uma carta, era preciso escrever à mão, levar ao correio, esperar, esperar, esperar até o destinatário receber, resolver responder, ir ao correio, esperar outro tanto e, aí sim, descobrir o que ele pensou do que você quis dizer. Hoje em dia, o assunto já estaria ultrapassado depois de toda essa espera. E a falta de paciência e o excesso de ansiedade não mais permitem esse luxo. Agora tudo é feito por e-mail, e, assim que ele é enviado, já queremos receber a resposta.
        Para se enxergar à noite, era necessário usar velas e lampiões. As pessoas se recolhiam mais cedo, conversavam mais e passeavam sob a luz da lua, sem medo da violência, que deve ter nascido na mesma época da eletricidade.
        Para se ouvir música, só se fosse ao vivo. Serenatas, saraus, bandas na praça…Talvez por isso as pessoas de antigamente tinham mais aptidão musical. Desde cedo eram incentivadas a “fabricar a música”, ao contrário de hoje, em que já a encontramos pronta em qualquer estação de rádio.
        Tudo é costume. Até alguns anos atrás, eu vivia perfeitamente sem computador e celular. Agora, se passo um dia sem, me sinto assim. As pessoas começaram a usar e se esqueceram da tranquilidade de uma noite realmente escura.
        Quando a luz finalmente voltou, minha aula já tinha acabado. Reacostumar com a claridade foi bem mais difícil do que me adaptar à falta dela. Os olhos arderam, as pessoas deixaram de ser espontâneas, o romantismo das velas sumiu.
        Talvez esses 100 anos de claridade noturna não tenham sido tão pouco assim, já que foram suficientes para esquecermos o bem que a ausência dela faz. O melhor é usar a desculpa do racionamento, apagar todas as luzes e mudar o andamento da vida, antes que um clarão mais forte ofusque, irreversivelmente, a nossa visão. E nos faça esquecer que o improviso de uma vela pode iluminar bem mais…
PIMENTA, Paula. “Apaixonada por palavras”.
Belo Horizonte: Ed. Gutenberg, 2015.
Entendendo o texto:
01 – O texto acima é do gênero:
a) notícia
b) crônica
c) conto.
d) artigo de opinião.

02 – Quem narra o texto, também é personagem da história. Identifique a passagem que comprova isso:
a) “E eu, confesso, não deixo de ligar meu secador de cabelo nem de usar a internet […]”
b) “Para se mandar uma carta, era preciso escrever à mão […]”
c) “As pessoas começaram a usar e se esqueceram da tranquilidade de uma noite […]”
d) “Os olhos arderam, as pessoas deixaram de ser espontâneas, o romantismo das velas sumiu.”

03 – Aponte o fato que motivou a narrativa:
a) a pergunta feita pelo professor de violão clássico sobre a eletricidade.
b) o blecaute demorado na aula de música.
c) a comodidade proporcionada pela eletricidade.
d) o retorno da luz na aula de música.

04 – A autora do texto expõe uma opinião no fragmento:
a) “[…] culpa de um gerador queimado por algum raio […]”
b) “Assim como as crianças do século XXI não sabem o que é viver sem computador […]”
c) “A energia elétrica, realmente, é essencial.”   
d) “Para se enxergar à noite, era necessário usar velas e lampiões.”

05 – “Talvez por isso as pessoas de antigamente tinham mais aptidão musical”. A que a autora do texto se refere?
      A autora refere-se ao fato de que, sem eletricidade, as pessoas só podiam ouvir música ao vivo. 

06 – No trecho “[…] mas, ficar totalmente sem ela, jamais.”, o pronome “ela” substitui:
a) “a eletricidade”
b) “a televisão”
c) “a internet”
d) “a roupa amarrotada”

07 – Sublinhe os verbos que compõem este segmento:
        “As pessoas se recolhiam mais cedo, conversavam mais e passeavam sob a luz da lua […]”

No contexto acima, eles indicam:
a) fatos raros na vida das pessoas em um tempo sem eletricidade.
b) fatos hipotéticos na vida das pessoas em um tempo sem eletricidade.
c) fatos prováveis na vida das pessoas em um tempo sem eletricidade.
d) fatos contínuos na vida das pessoas em um tempo sem eletricidade.

08 – Assinale a frase em que a locução destacada exprime a ideia de tempo:
a) “Assim como as crianças do século XXI não sabem o que é viver sem computador […]”
b) “[…] que só existem por causa da eletricidade.”
c) “Agora tudo é feito por e-mail, e, assim que ele é enviado […]”
d) “[…] não tenham sido tão pouco assim, já que foram suficientes para esquecermos o bem […]”

09 – No fragmento inicial, as aspas destacam:
a) a pergunta que motivou a escrita do texto.
b) a parte mais importante do texto.
c) uma fala que não pertence à narradora do texto.
d) um questionamento feito pela narradora do texto.

10 – Pode-se concluir que a autora escreveu o texto acima para:
a) criticar o leitor.
b) informar o leitor.
c) emocionar o leitor.
d) fazer o leitor refletir.


TEXTO: PALAVRAS SÃO PALAVRAS... CELSO FERREIRA COSTA - COM GABARITO


Texto: Palavras são palavras...

        Algumas palavras, mesmo que as ouçamos pela primeira vez, não carecem da explicação de seu significado. São autoexplicativas. Concupiscência, por exemplo, não pode ser boa coisa. Se alguém numa reunião familiar, de repente disser concupiscência, sem dúvida causará um mal-estar danado. A maioria não saberá o significado exato, mas não importa, concupiscência não é coisa que se diga perto de crianças e pronto! E depois, quando os mais curiosos forem sorrateiramente ao dicionário verificar o que a palavra quer dizer, aí é que ficarão realmente contrariados com o detrator da honra da família, aquele concupiscente!
        E elucubração? Aí já é caso de sair no tapa direto. Não precisa nem ficar matutando, caprichando no raciocínio, se esmerando em saber o significado. Elucubração, não! Imaginem só. O pai chega em casa e vai bater na porta do filho adolescente, que demora em abrir:
        -- Oi, pai.
        -- Oi filho. Estava aí em elucubrações, hein?
        -- Que é isso pai, estava estudando.
        -- Fique tranquilo, filho. Na sua idade eu também elucubrava muito.
        -- Mas, pai, eu só estava estudando!
        -- Eu sei, filho. Estudando, elucubrando... época de vestibular é tensa mesmo. Porque você não sai um pouco com sua namorada? É melhor que ficar elucubrando sozinho.
        -- Eu não tenho namorada, pai.
        -- Então elucubra. Mas matemática, não. É melhor decorar as fórmulas, filho. É por isso que muito vestibulando despiroca com os conselhos dos pais. E vou evitar confusão, não falando sobre despirocar, que é para manter um certo nível na conversa.
        Outras palavras não são ofensivas, mas também podem causar problemas. Exemplo: abjeta. Abjeta não é feminino de objeto, como queria aquela senhora que foi comprar um presente de casamento:
        – Eu estou à procura de uma abjeta pra minha sobrinha.
        – Abjeta, senhora? Não seria objeto?
        – Não. Objeto ela já tem. Eu quero fazer um parzinho. Vai ficar lindo no gazebo dela!
        E sobre gazebo também eu me omito. Ainda mais com o cacófato. Tenham paciência! Vamos em frente.
        E para terminar vou ser benevolente. Já viram palavra mais doce que essa: benevolente. É falar e transmitir aquela sensação gostosa de que as coisas vão dar certo, que todo mundo vai se unir, dar as mãos e sair fazendo caridade por aí, numa bondade opalescente danada.
        Opalescente? Olha, eu escrevi esta palavra assim de repente e depois fui ao Houaiss ver se ela cabia aqui. Não cabe, não. Quer dizer outra coisa. Mas agora embirrei. Ninguém me tira ela daqui. Achei que dá um certo brilho ao texto e, como a língua é dinâmica como a política, quem sabe um dia ela mude de opinião sobre si própria, reveja seus conceitos, se adeque aos novos tempos e venha finalmente se encaixar ao que eu quis dizer sem nenhum melindre.
        Melindre? Ah, não, chega, melindre é frescura! Paro por aqui.

Costa, Celso Ferreira. O Popular. Goiânia, 11/07/2003.

Entendendo o texto:
01 – O cronista acha ofensivas as palavras concupiscência e elucubração. Você sabe o que elas significam? Por que você acha que ele tem essa opinião sobre elas?
·        Concupiscência, significa desejo intenso de bens e prazeres materiais.
·        Elucubração, quer dizer meditação profunda.
Uma razão possível para justificar a opinião do jornalista é o uso pouco frequente das palavras, o que causaria estranheza a quem as ouvisse.

02 – Despirocar é termo de gíria. O que significa?
      Despirocar é enlouquecer, endoidar.

03 – Abjeta é palavra usada no texto como feminino de objeto, apesar de uma não ter nada a ver com a outra quanto a origem e significado. Que característica dessas palavras permitiu esse jogo entre masculino e feminino?
      O som das palavras, que é muito parecida.

04 – Cacófato é o som desagradável resultante da união do final de uma palavra com o início de outra. Onde o cronista percebeu um cacófato?
      Em gazebo dela, cuja junção resultou em bodela.

05 – Você conhece outros cacófatos? Quais?
      Resposta pessoal do aluno. Sugestões: Quero amá-la até o fim dos meus dias. / Vou-me já para não atrasar. / O menino pegou a boneca dela. / Vivemos o boom da informática.

06 – O cronista sente que certas palavras transmitem sensações, como benevolente e opalescente. Para você, há palavras que transmitem sensações? Registre essas palavras e conte quais são as sensações que elas lhe passam.
        Resposta pessoal do aluno.

07 – Você sabe o significado das palavras abjeta, gazebo, benevolente e opalescente? Antes de ir ao dicionário, escreva o que você acha que elas significam. Depois, vá ao dicionário e confira o resultado.
·        Abjeta: desprezível, nojenta.
·        Gazebo: construção com pilares e teto, comum em jardins.
·        Benevolente: bondoso.
·        Opalescente: que tem cor de opala, leitosa e azulada.