segunda-feira, 8 de julho de 2024

ARTIGO DE OPINIÃO: PELA CULATRA - HÉLIO SCHWARTSMAN - COM GABARITO

 Artigo de opinião: Pela culatra

                             Hélio Schwartsman

        SÃO PAULO – Meu masoquismo não vai além dos debates eleitorais. Já faz alguns pleitos que parei de acompanhar com lupa a propaganda dos candidatos no rádio e na TV. É possível, porém, passar completamente alheio ao fenômeno, e o que me chamou a atenção este ano foi o grande de inserções que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) coloca na programação.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh0VZ6fYnb-UeU2eSguKuj3CeL31glP_hZeJd2ll82ew9iX5nRL39y5A8LAu-4VFfCOKrcTd7HzlcsybnPE0p0sp3nXsjmEYyUNFqgwsRR1wKX79TrF74I5fig0wmQyI7K4_lrXdCSebgFDSeKPxhfsEdXJBZGw83PMGZIBj2hDHnRmtc6Skbz8OPKY8I/s1600/tse.jpg


        Algumas das peças, que, aliás, já saíram do ar, até que traziam informações relevantes, como os procedimentos necessários para o voto em trânsito, mas o grosso delas tenta incutir espírito cívico no eleitor e incentivá-lo a comparecer no dia da votação. Considerando que o sufrágio é obrigatório no país, tais campanhas me parecem, no mínimo, um grande desperdício. Seria p equivalente de a Receita Federal gastar preciosos recursos públicos com anúncios publicitários que tentem convencer o contribuinte de que ele deve ficar feliz ao pagar seus impostos.

        Eu não seria tão contra esse tipo de campanha se o voto fosse facultativo, como ocorre nas democracias civilizadas. Mas ele é compulsório. Ironicamente, por sutilezas lógicas que examinaremos a seguir, isso faz com que a própria mensagem cívica que o TSE tenta transmitir se esfacele.

      Tomemos o caso da esmola ou do ato de bravura. Ora, para que esses gestos tenham significado, é necessário que o indivíduo tenha a opção de não fazê-los. Se se tornam obrigatórios, a esmola se converte em tributo, e o heroísmo, em dever. Com isso, o valor que tinham é subvertido.

        Penso que com o voto é a mesma coisa. Se somos compelidos a apertar os botões da urna, nossas escolhas se tornam menos livres, o que rouba um pouco de seu significado e, pior, impede que o eleitor se constitua como um sujeito verdadeiramente autônomo, se é lícito empregar aqui o vocabulário kantiano.

        De minha parte, cada vez que ouço as edificantes peças do TSE, fico com vontade de viajar no dia da eleição.

SCHWARTSMAN, Hélio. Pela culatra. Folha de S. Paulo, 19 set. 2014. Opinião, p. A2.

Entendendo o artigo de opinião:

01 – Qual é a opinião de Hélio Schwartsman sobre as campanhas do TSE para incentivar a participação nas eleições?

      Schwartsman considera essas campanhas um grande desperdício, pois o voto é obrigatório no Brasil, tornando desnecessária a tentativa de incutir espírito cívico nos eleitores.

02 – Por que Schwartsman acha que o voto obrigatório diminui o valor das escolhas dos eleitores?

      Ele argumenta que, quando somos compelidos a votar, nossas escolhas se tornam menos livres, o que rouba um pouco do seu significado e impede que o eleitor se constitua como um sujeito verdadeiramente autônomo.

03 – Qual é a comparação feita por Schwartsman entre o voto obrigatório e atos como esmola ou bravura?

      Schwartsman compara o voto obrigatório à esmola e ao heroísmo, dizendo que, para que esses gestos tenham significado, é necessário que o indivíduo tenha a opção de não realizá-los. Se tornam obrigatórios, perdem o valor.

04 – Qual é a posição de Schwartsman sobre o voto facultativo em relação ao voto obrigatório?

      Ele seria a favor das campanhas do TSE se o voto fosse facultativo, como ocorre nas democracias civilizadas, pois isso daria mais significado ao ato de votar.

05 – O que Schwartsman sente quando ouve as campanhas do TSE?

      Ele sente vontade de viajar no dia da eleição, indicando sua resistência às campanhas que consideram inúteis devido à obrigatoriedade do voto.

06 – Quais informações Schwartsman considera úteis nas campanhas do TSE?

      Ele menciona que algumas campanhas trazem informações relevantes, como os procedimentos necessários para o voto em trânsito, mas considera isso uma exceção.

07 – Como Schwartsman compara a propaganda eleitoral à propaganda da Receita Federal?

      Ele compara o esforço do TSE em incentivar o voto obrigatório à hipotética situação de a Receita Federal gastar recursos públicos tentando convencer os contribuintes a ficarem felizes ao pagar impostos, considerando ambos um desperdício de recursos.

 

ARTIGO DE OPINIÃO: VOTO É COMO VACINA: TEM QUE SER OBRIGATÓRIO - FRAGMENTO - ANTÔNIO LASSANCE - COM GABARITO

 Artigo de opinião: Voto é como vacina: tem que ser obrigatório – Fragmento

                                Antônio Lassance 

        A defesa do voto facultativo é muito bonita. Bonita, ingênua, desinformada e irresponsável.

        [...]

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyDGg_YtoyohUfOcNoz4aJZpeCzUFiyrwg6ZMG5tdpthlpW06l3GtyRYRFECPr3ZAhyphenhyphenUQRhSHLNNWwa81W4WgZoTFNneVHNu9wo4JIWcyCE09X-Zs4S0xs52RRC0CDNASDflGzIEWzrt2I8T86olLBMbhkeAXB3BF0n1lgEzklo5MZlyNIFcPtES5ZTK4/s320/votar.jpg


        É bom tratar do tema antes que seja tarde demais. Antes que o Brasil resolva entrar nessa canoa furada. Há sempre propostas de emenda constitucional tramitando no Congresso. O voto facultativo pode nos surpreender, um dia, como um presente de grego.

        [...]

        Vota quem quer, pois o voto é um direito, certo? Errado. O voto é um direito, mas, como qualquer outro direito, ele traz consigo obrigações. A educação também é um direito, mas os pais são obrigados a colocar os filhos na escola (Estatuto da Criança e do Adolescente, art. 55: “Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino”).

        A saúde é um direito, mas as famílias têm a obrigação de vacinar seus filhos. As pessoas devem estar vacinadas contra algumas doenças se quiserem visitar alguns estados e outros países. Os direitos são custeados graças à nossa obrigação de pagar impostos – o nome não é à toa.

        [...]

        Do voto deveríamos pensar o mesmo. É um direito e igualmente uma obrigação. O cidadão que quer direitos está assumindo que tem uma relação com o Estado, que é o agente responsável por garantir esses direitos e cobrar as obrigações. O cidadão que tem o direito de reclamar do Estado, a plenos pulmões, é o mesmo que tem a obrigação de dizer ao Estado que rumo ele deve tomar. Para que o Estado represente o que o cidadão quer, o pressuposto é que ele, na condição de eleitor, diga o que quer e o que não quer.

        [...]

        Hoje, o eleitor que não quiser votar tem duas opções: justificar ou pagar a multa. A multa tonou-se irrisória para a maioria dos brasileiros. Vai de 3% a 10% do valor do salário mínimo. Outras penalidades acabam sendo mais relevantes. O título pode ser cancelado e a pessoa fica impedida de fazer concursos públicos, receber empréstimo de instituições financeiras públicas, tirar passaporte e carteira de identidade, entre outras.

        Todos são obrigados a comparecer, mas não a votar, na medida em que há a opção do eleitor anular o voto.

        [...]

        Tanto o voto branco quanto o voto nulo são expressões democráticas da livre manifestação. Deveriam ser opções de voto respeitadas e melhor informadas. O cidadão tem direito de votar em branco, se quiser, e de votar nulo, se preferir. A urna eletrônica admite as duas possibilidades.

        [...]

LASSANCE, Antônio. Voto é como vacina: tem que ser obrigatório. Disponível em: www.cartamaior.com.br/?/Coluna/Voto-e-como-vacina-tem-que-ser-obrigatorio/29862. Acesso em: 31 jul. 2019.

Entendendo o artigo de opinião:

01 – Por que o autor compara o voto com a vacina?

      O autor compara o voto com a vacina para argumentar que, assim como a vacinação é obrigatória para garantir a saúde pública, o voto deve ser obrigatório para assegurar a saúde democrática do país. Ambos são direitos que trazem consigo obrigações, pois impactam diretamente o bem-estar coletivo.

02 – Quais são os riscos que o autor aponta ao adotar o voto facultativo?

      O autor alerta que o voto facultativo pode ser um "presente de grego" que enfraqueceria a democracia brasileira. Ele teme que a adesão ao voto facultativo possa diminuir a participação política, tornando a representatividade e a legitimidade dos eleitos menos robusta.

03 – Como o autor justifica que o voto deve ser visto como uma obrigação, além de um direito?

      O autor justifica que, assim como outros direitos, como a educação e a saúde, que exigem ações obrigatórias (matricular os filhos na escola e vaciná-los), o voto também deve ser uma obrigação. Ele argumenta que o cidadão que exige direitos deve, em contrapartida, participar ativamente do processo democrático para indicar ao Estado o que deseja.

04 – Quais são as penalidades para quem não vota e não justifica a ausência, segundo o texto?

      As penalidades para quem não vota e não justifica a ausência incluem o pagamento de uma multa irrisória, que varia de 3% a 10% do valor do salário mínimo. Além disso, há consequências mais significativas, como o cancelamento do título de eleitor, impossibilidade de prestar concursos públicos, de receber empréstimos de instituições financeiras públicas, e de tirar passaporte e carteira de identidade.

05 – Como o autor descreve as opções de voto branco e voto nulo?

      O autor descreve o voto branco e o voto nulo como expressões democráticas legítimas da livre manifestação dos eleitores. Ele ressalta que essas opções deveriam ser respeitadas e melhor informadas, destacando que a urna eletrônica admite ambas as possibilidades.

06 – Qual é a posição do autor em relação às propostas de emenda constitucional que visam tornar o voto facultativo?

      O autor é contrário às propostas de emenda constitucional que visam tornar o voto facultativo. Ele alerta para o perigo de o Brasil adotar essa medida, que ele considera uma "canoa furada", capaz de enfraquecer a democracia ao diminuir a participação dos cidadãos no processo eleitoral.

07 – O que o autor sugere sobre a relação entre o cidadão e o Estado no contexto do voto?

      O autor sugere que a relação entre o cidadão e o Estado é baseada em um contrato social, onde o cidadão que quer direitos deve assumir suas obrigações. Para ele, o voto é um meio pelo qual o cidadão comunica ao Estado suas demandas e desejos, e essa participação ativa é essencial para que o Estado represente verdadeiramente a vontade do povo.

 

REPORTAGEM: EM BUSCA DE GALÁXIAS MUITO, MUITO DISTANTES - FRAGMENTO - ANDRÉ BERNARDO - COM GABARITO

Reportagem: Em busca de galáxias muito, muito distantes – Fragmento

                      André Bernardo

        [...] Sempre que alguém perguntava à jovem Duília Fernandes de Mello o que ela queria ser quando crescesse, a resposta estava na ponta da língua: astrônoma. O interesse veio da curiosidade sobre como as sondas espaciais conseguiam fotografar planetas distantes e como aquelas fotos iam parar nos jornais e revistas da Terra apenas alguns dias depois. “Quando minha mãe soube disso, me levou ao Observatório da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi lá que eu me apaixonei ainda mais pela Astronomia e decidi que era isso que queria para minha vida”, conta. Aos 50 anos, Duília acaba de ganhar o Prêmio Diáspora Brasil, concedido pelo Ministério das Relações Exteriores aos cientistas brasileiros que mais se destacaram no exterior. Hoje, ela dá expediente em um dos centros de estudo mais importantes da Nasa, o Goddard Space Flight Center (GSFC), em Maryland. Lá, a sua função é, quem diria, analisar as fotos tiradas pelo telescópio Hubble.

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyQmp4VFoGDVEfJp3Np1LN9_PhFp99znbls0F9WR190uY3H3JryZSlR35rsbLvVnSiGXmUfZgscKAn63qeTf_6ufNgQjIQ56Uth8zkPqchM_PqQ0IDhVobKOJsZ4YZjaoYmfT3wIXotD5nWpNrsOoRISZMv6De-JtzWoGtgqjpRuva909qCnQ0tv8Ge40/s1600/GALAXIAS.jpg


        P: Por que o número de mulheres na ciência ainda é tão reduzido?
        O número de mulheres cientistas é baixo em todo o mundo. No Brasil, é até razoável; melhor do que nos países do Norte, como Alemanha, Inglaterra e Suécia. O único jeito de mudar isso é mostrando para meninas e meninos que mulheres também fazem ciência. O número de mulheres na Nasa é baixo, mas, na faixa etária mais jovem, vem crescendo. A Nasa tem um programa que se propõe a incentivar o equilíbrio de gênero e diversidade.

        P: O que significou ver seu talento reconhecido pelo seu próprio país com o Prêmio Diáspora Brasil?

        Fiquei muito honrada e aproveitei para agradecer ao Brasil pelo investimento feito na minha carreira desde a graduação até o doutorado. Sempre procurei retornar esse investimento. O projeto “Mulher das Estrelas”, por exemplo, é fruto disso. Nasceu como um fã-clube que três meninos brasileiros fundaram há 6 anos e, hoje, é uma página no Facebook onde respondo perguntas de crianças e jovens sobre Astronomia.

        [...]

        P: Se a senhora pudesse escolher, qual dos grandes mistérios do Universo gostaria de desvendar?

        Gostaria de saber ser existe vida inteligente em outros planetas. Quem sabe eles não saberiam as respostas para todos os outros mistérios? Não existe evidência científica que sugira que a vida seja algo único do nosso planeta. Como conhecemos apenas um tipo de vida, estamos procurando por planetas que sejam semelhantes à Terra e que estejam na zona habitável, nem muito perto da estrela e nem muito longe dela.

BERNARDO, André. Em busca de galáxias muito, muito distantes. Revista Galileu, ago. 2014. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2014/08/em-busca-de-galaxias-muito-muito-distantes.html. Acesso em: 9 set. 2019.

Entendendo a reportagem:

01 – O que despertou o interesse de Duília Fernandes de Mello pela astronomia?

      O interesse de Duília Fernandes de Mello pela astronomia surgiu da curiosidade sobre como as sondas espaciais conseguiam fotografar planetas distantes e como essas fotos chegavam aos jornais e revistas da Terra em poucos dias.

02 – Qual foi a reação de Duília ao visitar o Observatório da Universidade Federal do Rio de Janeiro?

      Ao visitar o Observatório da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Duília se apaixonou ainda mais pela Astronomia e decidiu que queria seguir essa carreira para a vida toda.

03 – Qual prêmio Duília Fernandes de Mello ganhou recentemente e quem o concede?

      Duília Fernandes de Mello ganhou recentemente o Prêmio Diáspora Brasil, concedido pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil aos cientistas brasileiros que mais se destacaram no exterior.

04 – Onde Duília Fernandes de Mello trabalha atualmente e qual é sua função?

      Atualmente, Duília Fernandes de Mello trabalha no Goddard Space Flight Center (GSFC), um dos centros de estudo mais importantes da Nasa, onde sua função é analisar as fotos tiradas pelo telescópio Hubble.

05 – Qual é a opinião de Duília sobre a participação de mulheres na ciência?

      Duília acredita que o número de mulheres cientistas é baixo em todo o mundo, embora no Brasil seja melhor comparado a países do Norte como Alemanha, Inglaterra e Suécia. Ela defende que é necessário mostrar para meninas e meninos que mulheres também fazem ciência e destaca que a Nasa tem um programa para incentivar o equilíbrio de gênero e diversidade.

06 – O que Duília fez ao receber o Prêmio Diáspora Brasil?

      Ao receber o Prêmio Diáspora Brasil, Duília se sentiu muito honrada e aproveitou a oportunidade para agradecer ao Brasil pelo investimento em sua carreira desde a graduação até o doutorado. Ela também mencionou o projeto "Mulher das Estrelas" como um exemplo de como ela procura retornar esse investimento.

07 – Qual grande mistério do universo Duília gostaria de desvendar?

      Duília gostaria de saber se existe vida inteligente em outros planetas. Ela acredita que se isso fosse possível, esses seres poderiam ter respostas para muitos outros mistérios do universo. Ela menciona que, como conhecemos apenas um tipo de vida, procuramos por planetas semelhantes à Terra que estejam na zona habitável.

 

 

NOTÍCIA: MERCADO DE TRABALHO JÁ EM REVOLUÇÃO - (FRAGMENTO) - A TRIBUNA - COM GABARITO

 Notícia: Mercado de trabalho já em revolução – Fragmento

        Inteligência artificial já provoca mudanças e dispensam numerosa mão de obra nos call centers

        A proliferação dos chatbots, sistemas robotizados que tiram dúvidas e atendem consumidores dos sites de lojas e grandes empresas, é um dos sinais de que a inteligência artificial já provoca mudanças no mercado de trabalho. Essas ferramentas dispensam numerosa mão de obra nos call centers. Tal inovação é importante para a eficiência das empresas e essencial para os negócios de menor porte.´

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKhx_HA2UyWu4r9p7ZjrPek7HBAs54edGfm_uoGFcnD-m-HDe8kGiOwztQT22_yZpZ6lyp6k4tZKzfTjqK3_q-WY-GTZs4cxKFQZ2yk9CXLLXpHOdIEEGBUND91p1ptAVaQgkMt6tkjzzMzrAjZp5cpLw_r4e51hifgGdWrmBHNtOHxC6kApKeGTqCMxg/s320/AI.jpg


        [...]

        No que se refere aos operadores de telemarketing, essa invasão da tecnologia chama a atenção porque as empresas de call centers geram o primeiro emprego para muitos jovens, uma etapa difícil a ser suplantada. Franquias de alimentação, varejo popular, supermercados e as companhias de teleatendimento, dispostas a treinar suas equipes, abrem muitas vagas para essa faixa etária, mas, essa oferta, no geral, é historicamente insuficiente.

        A queixa dos mais novos é que, quando acham uma ocupação, geralmente é desinteressante e de má qualidade – paga mal, não permite crescer dentro da empresa e não agrega experiência à carreira para ocupar funções melhores remuneradas.

        Obviamente, a melhor solução para atender essas queixas é oferecer uma educação básica com boa formação em Português e Matemática e cursos profissionalizantes. A Coreia do Sul resolveu esse problema inserindo o ensino técnico na formação educacional, preparando o jovem para uma indústria de alta tecnologia e para negócios de serviços.

        O Brasil segue no caminho contrário. Professores com baixíssimos salários e mal qualificados, escolas cercadas pela violência e pouco foco na profissionalização, valorização só a formação universitária, resultam em trabalhadores despreparados. O quadro é bem pior se for considerada a revolução tecnológica que agora impõe novos parâmetros de emprego.

        [...]

A Tribuna, 29 jul. 2019. Disponível em: www.atrinbuna.com.br/opiniao/editorialat/mercado-de-trabalho-j%C3%A1-em-revolu%C3%A7%C3%A3o-1.61405. Acesso em: 29 jul. 2019.

Entendendo a notícia:

01 – Como a inteligência artificial está impactando o mercado de trabalho nos call centers?

      A inteligência artificial está provocando mudanças significativas nos call centers através da proliferação dos chatbots. Essas ferramentas robotizadas tiram dúvidas e atendem consumidores nos sites de lojas e grandes empresas, reduzindo a necessidade de mão de obra humana.

02 – Quais são os benefícios dessa inovação tecnológica para as empresas?

      A implementação de chatbots e sistemas robotizados aumenta a eficiência das empresas, o que é especialmente importante para negócios de menor porte.

03 – Qual é o impacto da tecnologia nos empregos para os jovens nos call centers?

      A tecnologia está substituindo muitos empregos de operadores de telemarketing, que frequentemente são os primeiros empregos para muitos jovens. Isso torna mais difícil para os jovens encontrarem oportunidades de emprego iniciais.

04 – Quais são as áreas que tradicionalmente oferecem empregos para jovens?

      Franquias de alimentação, varejo popular, supermercados e empresas de teleatendimento são setores que tradicionalmente oferecem muitas vagas para jovens, dispostos a treinar suas equipes.

05 – Qual é a principal queixa dos jovens em relação aos empregos que conseguem?

      A principal queixa dos jovens é que os empregos que conseguem geralmente são desinteressantes, de má qualidade, pagam mal, não permitem crescimento dentro da empresa e não agregam experiência à carreira para ocuparem funções melhor remuneradas.

06 – Qual seria a solução ideal para melhorar a qualidade dos empregos para os jovens?

      A solução ideal seria oferecer uma educação básica de qualidade com boa formação em Português e Matemática, além de cursos profissionalizantes. Um exemplo positivo é a Coreia do Sul, que inseriu o ensino técnico na formação educacional, preparando jovens para uma indústria de alta tecnologia e negócios de serviços.

07 – Qual é a situação atual do Brasil em relação à educação e profissionalização dos jovens?

      O Brasil enfrenta desafios significativos, com professores mal remunerados e mal qualificados, escolas cercadas pela violência e pouco foco na profissionalização. A valorização está principalmente na formação universitária, resultando em trabalhadores despreparados para as novas exigências do mercado de trabalho, especialmente com a revolução tecnológica em curso.

 

sábado, 6 de julho de 2024

BIOGRAFIA: O MENINO-DÍNAMO - MARLEINE COHEN - COM GABARITO

 Biografia: O menino-dínamo

                Marleine Cohen

        Mas que menino mais estabanado era o Beco!

        Terror dos feirantes, não podia acompanhar a mãe, dona Neyde, nas compras, por conta de um acidente imperdoável na barraca de laranjas: certa vez, o rapazinho tropeçou numa das caixas de madeira empilhadas e, para desespero do vendedor, todas as frutas foram ladeira abaixo.

 Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBAwZ5UWrj7ueVnAoPRLt8VyJ9G_uYCrMM5Pe2RESoNFKrbaIUES4zyx_WTd5Tq1wSaieQ9lFPyP3ytli_Lfud-iBebESLcZFjvHrUWxRbQn9TPOSp9ZtDOFEo284pBRf5e3ZTo4QXXTxTRy0m2AJAoLJ4fyD9hdwFTSUuEP_MftyT4EDzNYHJ6MbcffA/s320/senninha_capa-1_widemd.jpg


        Comprar botas para corrigir o pé chato também era um drama. Para escolher o modelo, ele calçava os sapatos, saía em disparada em corridas imaginárias pela loja e, depois, dava uma freada brusca: se derrapasse, o calçado não servia e ele tinha de experimentar outro par!

        Assim era Ayrton Senna – hilário, atrapalhado, um dínamo.

        Um dia, sob forte chuva, vestiu, todo orgulhoso, um terno branco impecável para ir a um aniversário, mas embarcou com tanto impulso pelo lado do motorista no Simca da família, estacionado numa rua de terra, que acabou dando uma cambalhota no banco dianteiro e saindo pela outra porta, de cara na lama. Naquele dia, a festa teve que esperar!

        Apesar de agitado, o moleque travesso, que vivia com as canelas roxas e a testa cheia de galos e dividia com o irmão Leonardo um quarto na Serra da Cantareira, em São Paulo, onde nasceu, em 21 de março de 1960, tinha norte. Tinha audácia.

        Tanta que, lá pelos 10 anos de idade, durante uma temporada na praia, pegou escondido a Veraneio do pai, esticou-se todo ao volante, os olhos levemente acima do painel, e arrancou, levantando poeira na estrada, mudando as marchas apenas com a ponta dos pés nos pedais, atento ao ronco do motor.

        Quem olhava podia jurar que a perua estava desgovernada:

        -- Como era pequeno e mirradinho, a gente não o via no banco do motorista. Parecia que o carro estava andando sozinho! – recorda Viviane, a irmã mais velha, explicando que, naquele dia, o desespero do Sr. Milton foi tamanho que ele deixou o rapaz de castigo para que nunca mais repetisse a cena.

        Mas, por mais que temesse as estripulias do filho, a verdade é que Milton dividia com ele a paixão pelos automóveis – quando o menino tinha só 4 anos, Milton já havia projetado e montado um kart motorizado, que deu de presente a Ayrton.

        A partir de então, o pequeno se enamorou da velocidade ao volante do seu carrinho, que apelidou de “007”. Ele experimentou as primeiras emoções de correr no pátio da fábrica do pai, um empresário do setor metalúrgico. E descobriu outra aptidão: desvendar os segredos do motor de 1 HP do seu automóvel. Assim, quando não estava pilotando o kart, estava sujo de graxa – entretido com as roldanas, bielas e correias das engrenagens da sua máquina.

        O fascínio pelos karts era tanto que, aos 8 anos, o motorista da família já levava o garoto para treinar numa pista do Parque do Anhembi, em São Paulo, depois da escola. Com o tempo, porém, o mesmo Ayrton foi responsável pelo afastamento do chofer: “Por que vou continuar motorista se o menino é quem dirige?”, alegou o funcionário, demitindo-se do emprego.

        Antes de completar 13 anos, idade mínima exigida para participar de competições de kart, Senna já corria na base da brincadeira. Ali mesmo, ele viu sua estrela começar a brilhar no grid da largada, definido por sorteio para não ferir a vaidade de nenhum concorrente. A pole position – primeira de sua vida – coube ao piloto estreante.

        Mais jovem e muito mais leve que os rivais, ele não teve trabalha para ultrapassá-los e manter a dianteira até três voltas antes do final da corrida. Mas um piloto não menos afoito que ele atingiu a traseira de seu kart. Ayrton Senna capotou: era a primeira vez e estava batizado.

Fonte: COHEN, Marleine. Ayrton Senna. São Paulo: Globo, 2006. p. 25-26. (Biblioteca Época).

Entendendo a biografia:

01 – Quem era Beco e por que era considerado estabanado?

      Beco era o apelido de Ayrton Senna na infância. Ele era considerado estabanado porque causava acidentes frequentes, como derrubar caixas de laranjas na feira.

02 – Por que Ayrton Senna não podia acompanhar sua mãe nas compras?

      Senna não podia acompanhar sua mãe, dona Neyde, nas compras devido a um acidente onde ele derrubou todas as laranjas de uma barraca, causando grande confusão.

03 – Como Ayrton Senna escolhia suas botas para corrigir o pé chato?

      Para escolher suas botas, Senna as calçava e corria pela loja. Se derrapasse ao frear bruscamente, ele considerava que o calçado não servia.

04 – O que aconteceu quando Ayrton vestiu um terno branco para um aniversário?

      Vestindo um terno branco impecável, Senna entrou no carro da família com tanto impulso que acabou caindo na lama, sujando todo o traje e atrasando sua chegada à festa.

05 – Qual foi a reação do Sr. Milton quando Ayrton dirigiu a Veraneio do pai pela primeira vez?

      O Sr. Milton ficou desesperado ao ver o filho pequeno dirigindo a Veraneio e deixou Ayrton de castigo para que ele não repetisse a façanha.

06 – Qual foi o primeiro veículo motorizado de Ayrton Senna e quem o projetou?

      O primeiro veículo motorizado de Senna foi um kart que seu pai, Milton, projetou e montou para ele quando Ayrton tinha apenas 4 anos.

07 – Como Ayrton Senna se envolveu com os karts desde cedo?

      Senna começou a pilotar seu kart, apelidado de "007", no pátio da fábrica do pai e treinava numa pista do Parque do Anhembi, levado pelo motorista da família.

08 – Por que o motorista da família decidiu se demitir?

      O motorista da família se demitiu porque Ayrton dirigia tão bem que o funcionário não via mais necessidade de continuar no emprego.

09 – Quando Ayrton Senna começou a participar de competições de kart?

      Antes de completar 13 anos, idade mínima exigida para competir, Senna já corria em brincadeiras e, na sua primeira corrida oficial, começou na pole position.

10 – Qual foi a experiência de Ayrton Senna em sua primeira corrida oficial de kart?

      Na sua primeira corrida oficial, Senna manteve a liderança até ser atingido por outro piloto, resultando em um capotamento que o "batizou" no mundo das corridas.

 

 

AUTOBIOGRAFIA: "O ARCO-ÍRIS" - FREI BETTO - COM GABARITO

 Autobiografia: O ARCO-ÍRIS”

                        Frei Betto.

        Debruçado no chão, abri o álbum de desenhos vazados que ganhara de aniversário, derramei em volta a caixa de lápis de cor e, em fúria policrômica, preenchi de cores que sugeriam bichos, nuvens, semáforos e paisagens campestres. As cores fortes, como o vermelho e o roxo, expressavam com maior nitidez a ênfase criativa que me inundava o peito. Rompi os limites das gravuras e aqueles que a própria natureza impôs à sua harmonia, pintando as montanhas de violeta e as estradas de azul.

Fonte:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirz6EUDUXq6vzUGnrN6u68tEKNOM_bimueDN2DDXSH4jWxy3mvUiPjhCNPqPUqW448SGoX6ve5pEG_NbBAhbsvee1WbLSs47RJJxoBtrq99nhG80jx06PXSit2ylJmZudYRgn6gwZAkFNzyGsx1QkreZUKO3Gx0hoHxlquvdqjBAAo-y2nCgWdoDKs2Qc/s320/freibetto12.jpg

        Findo o álbum, peguei folhas de rascunho na escrivaninha do papai, deitei-me na copa e, absorto, entreguei-me ao delírio, traçando arcos e linhas, curvas e hipérboles, círculos e triângulos, retorcendo a geometria e enlouquecendo o próprio Euclides, caso visse aquilo.

        Desenhar eu nunca soube. Jamais tive o domínio da forma das mãos. Nem o olho da perspectiva. Em compensação, o mundo coloria-se através dos meus dedos, que subvertiam a estética divina, pintando as árvores de vermelho, o oceano de amarelo, o céu de marrom, o sol de azul. Enchia folhas e folhas com linhas esdrúxulas, perfis surreais, astros impressionistas, cujos significados só existiam em meu espírito.

        Reproduzi o arco-íris que coroava os céus de Belo Horizonte na época das chuvas, mapeando tesouros inidentificáveis. Estiquei paralelamente os traços de cores variadas, até gastar a ponta dos lápis. Não coube nas folhas espalhadas pelo chão da copa. Prossegui sobre o piso de cerâmica e subi parede afora. Todos os tons de minha caixa estavam representados naquele borrão forte, espectro de serpente alada.

        Mamãe deu um suspiro ao entrar na copa. Por um momento, acometeu-me a dúvida se de admiração ou indignação recobrada a fala, deserdou-me em zangas. Correu a molhar o pano na torneira da pia e obrigou-me a limpar a parede e o chão. Fiquei inconsolável. Aquilo era uma obra de arte, que me exigira esforço e criatividade. Só não merecia reconhecimento porque eu era criança. 

        Ao preparar-me para limpar “essa sujeirada”, como exclamou minha mãe, adentrou meu pai, vindo do trabalho. Espantou-se ao ver o filho, sob o olhar severo da mulher, esfregando na parede o pano de chão. Meteu-se em nossa discussão, inteirou-se do motivo, contemplou o que restava do meu arco-íris. 

        -- Uma beleza, meu filho! – reconheceu para desagrado de minha mãe. – Vamos deixar aí para que todos possam apreciar.

        Irritada, minha mãe bateu boca com meu pai sobre o modo de educar os filhos. (Teria gostado que me consultassem, mas isso estava fora de cogitação, uma vez que todos os adultos se julgam mais sábios que as crianças). Contudo, enchi-me de orgulho com o arco-íris exposto na copa.

        Cecília, minha mãe, também olhou e, virando o rosto, encaretou-se, como quem se depara com uma porcaria. Não me importei, sabia que as mulheres nada entendiam de obra de arte. Nunca ouvira papai citar uma mulher artista. Ele só falava em pintores: Di Cavalcanti, Portinari, Marcier, Guignard, Segall, Velázquez, Cézanne, Matisse, Van Gogh e outros.

        Meu pai levou-me, um par de dias depois, a uma galeria de arte. Um amigo dele expunha pinturas abstratas. Vi lá borrões muito piores do que os meus. Mas ninguém ousou pedir ao artista que apagasse aquilo. Pelo contrário, todos o cobriam de sorrisos e cumprimentos elogiosos.

        No Natal, ganhei uma aquarela. Uma cartolina branca em forma de paleta, com um arco de botões de múltiplas cores na borda, dois pincéis finos e um copinho de cerâmica para pôr água. Revesti as paredes da garagem de obras, se perenizadas como as pinturas rupestres, possivelmente me garantiriam ao menos o reconhecimento da posteridade. Contudo, levei boas palmadas de papai quando, ao sair do banho, encontrou-me estirado em sua cama, aquarela em punho, transformando em estampado o lençol branco. Desta vez, ele concordou com o desgosto artístico de minha mãe.

FREI BETTO. Alfabeto: Autobiografia escolar. São Paulo: Ática, 2002, p. 48-50.

Entendendo a autobiografia:

01 – Qual foi a reação inicial da mãe de Frei Betto ao ver a parede e o chão da copa pintados?

      A mãe de Frei Betto ficou indignada e zangada ao ver a parede e o chão da copa pintados. Ela o obrigou a limpar tudo imediatamente.

02 – Como o pai de Frei Betto reagiu ao ver a obra de arte na copa?

      O pai de Frei Betto ficou impressionado e reconheceu a beleza da obra, decidindo deixá-la para que todos pudessem apreciar, apesar do desagrado da mãe.

03 – Quais artistas o pai de Frei Betto mencionava frequentemente?

      O pai de Frei Betto mencionava frequentemente artistas como Di Cavalcanti, Portinari, Marcier, Guignard, Segall, Velázquez, Cézanne, Matisse e Van Gogh.

04 – Como Frei Betto se sentiu quando sua mãe pediu para ele limpar a parede e o chão?

      Frei Betto ficou inconsolável, pois considerava sua obra uma verdadeira arte que exigira muito esforço e criatividade.

05 – Qual presente Frei Betto recebeu no Natal e como ele o usou?

      No Natal, Frei Betto recebeu uma aquarela. Ele usou a aquarela para revestir as paredes da garagem com suas obras de arte.

06 – Qual foi a reação do pai de Frei Betto quando encontrou a cama pintada?

      O pai de Frei Betto ficou zangado e concordou com o desgosto artístico da mãe, dando-lhe boas palmadas.

07 – O que motivava a criatividade de Frei Betto ao pintar?

      Frei Betto era movido por uma fúria policrômica e uma ênfase criativa que inundava seu peito, levando-o a preencher os desenhos com cores intensas e subverter a estética convencional.

08 – Como Frei Betto via suas próprias habilidades de desenho?

      Frei Betto reconhecia que não sabia desenhar bem, mas compensava isso com sua habilidade de colorir o mundo através de seus dedos de forma criativa e subversiva.

09 – Como Frei Betto percebia a arte das mulheres em comparação com a dos homens?

      Frei Betto percebia que as mulheres não eram reconhecidas como artistas, já que nunca ouvira seu pai mencionar uma mulher artista, e isso influenciava sua visão de que as mulheres não entendiam de arte.

10 – Qual foi a experiência de Frei Betto ao visitar uma galeria de arte com seu pai?

      Ao visitar uma galeria de arte com seu pai, Frei Betto viu pinturas abstratas que considerava piores que as suas, mas percebeu que essas obras eram elogiadas e reconhecidas, ao contrário das suas.

 

NOTÍCIA: FAKE NEWS - FRAGMENTO - MUNDO EDUCAÇÃO - COM GABARITO

 Notícia: Fake News – Fragmento

Fonte: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4fhqqtKh2YHDp14T3dNt7-ymagZnjDgKEW1tuyZ3X71qlwyGBC347u1DV3u-tkP3zjBHzKFwhTzqs_cTlcndXkVWFtP6tYfd4szz8FvmcE5zP_YS9P11WxQ_9HW1JUWy7NHcVCF2f-DjRySzgmLh0P0ch0ErVIek5u93WYFEVVvTuJ6_WZ7Q7vWAjgvQ/s320/fake.jpg


        A divulgação de notícias falsas, conhecidas como fake news, pode interferir negativamente em vários setores da sociedade, como política, saúde e segurança.

        Apesar de parecer recente, o termo fake news, ou notícia falsa, em português, é mais antigo do que aparenta. Segundo o dicionário Merriam-Webster, essa expressão é usada desde o final do século XIX. O termo é em inglês, mas se tornou popular em todo o mundo para denominar informações falsas que são publicadas, principalmente, em redes sociais.

        [...]

        Como funcionam as fake news?

        Os motivos para que sejam criadas notícias falsas são diversos. Em alguns casos, os autores criam manchetes absurdas com o claro intuito de atrair acessos aos sites e, assim, faturar com a publicidade digital.

        No entanto, além da finalidade puramente comercial, as fake news podem ser usadas apenas para criar boatos e reforçar um pensamento, por meio de mentiras e da disseminação de ódio. Dessa maneira, prejudicam-se pessoas comuns, celebridades, políticos e empresas.

        [...]

        Existem grupos específicos que trabalham espalhando boatos. No entanto, não é fácil encontrar as empresas que atuam nesse segmento, pois elas operam na chamada deep web, isto é, uma parte da rede que não é indexada pelos mecanismos de buscas, ficando oculta ao grande público.

        Para disseminar informações falsas, é criada uma página na internet. Um robô criado pelos programadores desses grupos é o responsável por disseminar o link nas redes. Quanto mais o assunto é mencionado nas redes, mais o robô atua, chegando a disparar informações a cada dois segundos, o que é humanamente impossível.

        [...]

FAKE News. Mundo Educação. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/curiosidades/fake-news.htm. Acesso em: 9 set. 2019.

Entendendo a notícia:

01 – O que são fake news?

      Fake news são notícias falsas que podem interferir negativamente em diversos setores da sociedade, como política, saúde e segurança.

02 – Desde quando o termo fake news é utilizado?

      Segundo o dicionário Merriam-Webster, o termo é utilizado desde o final do século XIX.

03 – Qual a finalidade de criar fake news?

      As fake news podem ser criadas para atrair acessos aos sites e faturar com a publicidade digital, além de criar boatos, reforçar pensamentos por meio de mentiras e disseminação de ódio.

04 – Quem pode ser prejudicado pelas fake news?

      Pessoas comuns, celebridades, políticos e empresas podem ser prejudicados pelas fake news.

05 – Como as empresas que espalham fake news operam na internet?

      Essas empresas operam na deep web, uma parte da rede não indexada pelos mecanismos de busca e oculta ao grande público.

06 – Como as fake news são disseminadas nas redes sociais?

      É criada uma página na internet e um robô programado por esses grupos é responsável por disseminar o link nas redes sociais, mencionando o assunto frequentemente.

07 – Qual é a frequência com que os robôs disseminam informações falsas?

      Os robôs podem disparar informações falsas a cada dois segundos, o que seria humanamente impossível de ser feito manualmente.